O ministro da Economia alemão, Karl-Theodor zu Guttenberg, estuda como salvar a firma automotiva Opel em caso de insolvência da casa matriz, a General Motors (GM).
Em declarações que serão publicadas pela revista "Der Spiegel" em sua edição da segunda-feira, Guttenberg afirma que uma possibilidade seria que a participação da GM na Opel passasse para um administrador que representasse os interesses de devedores e credores.
"Ao mesmo tempo, um consórcio de bancos poderia oferecer durante este período à Opel créditos transitórios", com os quais a companhia poderia ir adiante até que se chegasse a um acordo sobre seu futuro, afirma o ministro.
Guttenberg volta a rejeitar a opção de uma nacionalização da Opel, modelo que, segundo ele, seria uma "fossa para os bilhões de euro do contribuinte".
De novo, critica a falta de transparência da GM ao fazer uma avaliação sobre sua situação.
"A verdade é que nos assombra com que rapidez podem mudar os números que vêm de Detroit (sede da GM)", afirma.
O chefe do comitê de empresa da Opel, Klaus Franz, acusou a GM de ter colocado sobre as filiais européias parte de suas perdas.
A General Motors deve informar na próxima segunda-feira sobre o estado atual de seu plano de saneamento.
Até agora, há duas empresas que mostraram formalmente interesse em adquirir a Opel: a italiana Fiat e o fabricante de autopeças austríaco-canadense Magna.