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Domingo, 04 de agosto de 2024

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EUA enviam prisioneiro de Guantánamo para França

As autoridades americanas libertaram nesta sexta-feira um prisioneiro da prisão militar para suspeitos de terrorismo em Guantánamo (Cuba). O argelino Lakhdar Boumediene foi um dos beneficiados pela decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que permite aos prisioneiros de Guantánamo exigir a liberdade em corte.


Boumediene foi em um navio da Marinha dos EUA até a França, onde tem família.

A libertação veio no mesmo dia em que a administração do presidente Barack Obama anunciou que vai manter os tribunais militares de exceção para o julgamento dos prisioneiros de Guantánamo, uma medida criticada pelas organizações de direitos humanos.

O Departamento de Justiça dos EUA deve fazer o anúncio formal da libertação do prisioneiro nesta sexta-feira, segundo funcionários do governo.

A França já havia afirmado anteriormente que aceitaria Boumediene em seu país para honrar o compromisso firmado entre o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e seu colega americano.

Obama anunciou em janeiro, dois dias após chegar à Casa Branca, que fecharia a prisão de Guantánamo em um ano. A prisão criou um "buraco negro" legal onde os suspeitos não podem ser julgados pelo Constituição americana --já que não estão nos EUA-- e nem pela Convenção de Genebra --já que não são prisioneiros de guerra.

A prisão conta atualmente com 240 prisioneiros.

Boumediene foi acusado junto a outros cinco argelinos de planejar um ataque a bomba na embaixada dos EUA em Sarajevo, em 2002.

Uma corte federal determinou, em novembro do ano passado, que Boumediene e quatro dos outros argelinos deveriam ser libertados de Guantánamo, onde passaram quase sete anos.

O juiz Richard Leon afirmou que a alegação contra eles foi baseada apenas em uma fonte não identificada, cuja credibilidade não podia ser determinada.

A decisão de Leon foi consequência direta da decisão da Suprema Corte em junho do ano passado que deu aos prisioneiros de Guantánamo o direito de pedir a contestação de suas sentenças.

Desde então, juízes federais determinaram a libertação de 25 prisioneiros, incluindo Boumediene e 17 Uighurs, um grupo étnico de muçulmanos chineses. Outros cinco pedidos foram negados.
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