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Segunda-feira, 05 de agosto de 2024

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Coreia do Norte ameaça Coreia do Sul com resposta militar

A Coreia do Norte ameaçou nesta quarta-feira (27) uma possível resposta militar contra a Coreia do Sul e assinalou que já não se vê vinculada ao armistício assinado por ambas as nações ao término de sua guerra em 1953, segundo a agência norte-coreana KNCA.


O regime comunista de Pyongyang reagiu assim à decisão do governo de Seul de participar plenamente na iniciativa americana contra o tráfico de armas de destruição em massa, o chamado PSI, e assegurou que a península coreana "voltará a um estado de guerra".

Um porta-voz do exército norte-coreano, citado pela "KCNA", disse que a plena participação sul-coreana no PSI será considerada como "uma declaração de guerra" contra a Coreia do Norte, acrescentando que responderá com um ataque militar imediato e potente a qualquer ato hostil.

Segundo o porta-voz militar norte-coreano, se o armistício perder sua vigência a península voltará em breve a uma "situação de guerra".



Pyongyang também advertiu que não garante a segurança dos navios que passam por sua costa oeste, de acordo com um comunicado militar divulgado pela agência oficial KCNA.



As relações entre as duas Coreias, que sempre estiveram oficialmente em estado de guerra desde o conflito de 1950 a 1953, pioraram após a chegada ao poder em Seul, em fevereiro de 2008, de Lee Myung-bak, qualificado regularmente de "traidor" pelo regime norte-coreano.

Rompendo com a postura dos antecessores que buscaram uma conciliação com Pyongyang, Lee adota uma posição firme em relação ao Norte e condiciona a ajuda de seu país aos progressos verificáveis no process de fim do programa nuclear de Pyongyang.



EUA comemoram decisão de Seul
Os Estados Unidos comemoraram a decisão da Coreia do Sul de participar plenamente em sua iniciativa antiproliferação de armas, o que Pyongyang considera um descumprimento dos termos do armistício de 1953.



A Coreia do Norte assegurou que se alguma de suas naves for inspecionada com base na PSI, que contempla a abordagem de navios suspeitos de participar da proliferação de armas de destruição em massa, o interpretará como um ato hostil.



Pyongyang disse que considerará as inspeções e vigilância de seus navios em missão pacífica como "uma violação intolerável contra sua soberania" que será respondida com um ataque militar.



O regime comunista norte-coreano efetuou nesta segunda-feira seu segundo teste nuclear, e o Conselho de Segurança respondeu esse mesmo dia com uma condenação unânime e o aviso de que avaliará a imposição de sanções e uma nova resolução.



Rússia quer 'resolução dura'
A Rússia é favorável a uma "resolução dura" do Conselho de Segurança da ONU após o teste nuclear de segunda-feira da Coreia do Norte, mas não quer uma punição em vão, afirmou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, em uma entrevista coletiva.

"O Conselho de Segurança da ONU deve falar de maneira dura e deve adotar medidas que na prática ajudem a prevenir uma futura erosão do regime de não proliferação de armas nucleares", declarou Lavrov.

"Nós devemos ainda encontrar maneiras nesta resolução para criar as condições de retomar as negociações a seis. Não devemos procurar punir apenas pela punição. O problema só pode ser resolvido com conversações", completou.


Mais combustível
A Coreia do Norte voltou a processar combustível nuclear para produzir mais plutônio com fins militares, informa a imprensa sul-coreana.

O jornal Chosun Ilbo afirma que testemunhas viram a saída de vapor recentemente de uma área de Yongbyon, ao norte de Pyongyang, um sinal de que foram reativadas as instalações que produzem plutônio, que pode ser utilizado na fabricação de bombas nucleares.

"Os satélites espiões americanos detectaram vários sinais, como o vapor de água, que mostram que as instalações de tratamento, que estavam paralisadas, foram reativadas", informa o jornal.



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