Os militares do Sri Lanka informaram hoje sobre a morte de 11 supostos rebeldes do Exército de Libertação dos Tigres do Tamil Eelam (LTTE) em selvas no leste do país. Este foi o maior confronto entre militantes e as forças oficiais desde que o governo declarou vitória sobre o LTTE, na semana passada. O Exército afirmou que os soldados recolheram rifles de assalto, minas e granadas junto aos corpos dos 11 homens. O confronto ocorreu na cidade de Ampara, no sudeste do país.

Um porta-voz militar afirmou que as tropas estavam em missão para confrontar remanescentes do LTTE nas selvas do leste. De acordo com ele, os militares foram atacados, o que levou ao início do conflito. Nenhum dos soldados ficou ferido.

A Cruz Vermelha afirmou hoje que foi impedida de visitar alguns campos no Sri Lanka, para checar as condições das pessoas mantidas pelo governo. O presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Jakob Kellenberger, disse que a entidade "teve acesso a alguns campos, mas não a outros". Pelas Convenções de Genebra, a Cruz Vermelha tem um mandato para auxiliar as vítimas de guerras. A Cruz Vermelha e outras entidades não tiveram acesso à zona de conflito durante as semanas finais da guerra civil.

Segundo Kellenberger, os refugiados precisam de muito mais auxílio médico e água potável, entre outros itens. Não se sabe o número de pessoas que fugiram da violência, abandonando suas casas. Apenas no campo Manik Farm, no norte, descrito pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o maior do mundo, vivem atualmente 210 mil pessoas.