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Terça-feira, 06 de agosto de 2024

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Segurança atingido em tiroteio em Washington morre em hospital

O guarda de segurança atingido nesta quarta-feira durante um tiroteio no Museu do Holocausto, em Washington, morreu três horas após ser hospitalizado, segundo a emissora de TV CNN.


O segurança foi identificado como Stephen T. Johns. Em um e-mail enviado à imprensa, a diretora do museu, Sara Bloomfield, disse que ele "morreu heroicamente no cumprimento do dever".

Já o autor dos disparos foi identificado pela polícia como um idoso, que se encontra hospitalizado em estado grave.

Antes de a polícia ter divulgado a identidade do atirador, a rede de televisão 'CNN' revelou dados de agentes anônimos que afirmam que se trata de James W. von Brunn, um homem de 89 anos vinculado a grupos de defesa da supremacia branca e veterano da Segunda Guerra Mundial.

O sargento David Schlosser, da Polícia de Parques dos Estados Unidos, disse a um grupo de jornalistas que o suspeito entrou no museu às 12h52 (13h52 em Brasília) e disparou com uma espingarda contra um segurança.

Imediatamente depois, "um ou mais guardas de segurança" atiraram contra ele.

Um policial afirmou, sob condição de anonimato, que James Von Brunn está sob investigação, e um outro oficial disse que o carro do atirador foi encontrado nas proximidades do museu.

Von Brunn possui um site na internet de caráter racista e antissemita. Em 1983, foi condenado por tentar sequestrar membros da diretoria do Federal Reserve, o banco central americano. Ele havia sido preso dois anos antes do lado de fora da sala onde os diretores estavam reunidos, portando um revólver e uma faca. Na época, a polícia disse que ele queria manter os membros do Federal Reserve como reféns por causa da alta taxa de juros e das dificuldades econômicas pelas quais os Estados Unidos estavam passando.

O Museu do Holocausto, que fica a apenas três quadras da Casa Branca, normalmente tem uma forte segurança, com guardas posicionados dentro e fora do prédio. Todos os visitantes têm de passar por detectores de metal na entrada, e bolsas são fiscalizadas.

O local é uma das atrações mais populares de Washington, recebendo cerca de 1,7 milhão de visitantes por ano.

O ataque foi o terceiro de uma recente onda de tiroteios que, segundo a agência de notícias Associated Press, parecem ter motivações políticas.

Willian Andrew Long, um oficial do Exército de 23 anos, foi baleado e morto do lado de fora de um escritório de recrutamento no início de junho em Arkansas. O suspeito, um muçulmano convertido, considerou o assassinato justificável por causa da presença dos Estados Unidos no Oriente Médio.

Em maio, o médico pró-aborto George Tiller foi assassinado a tiros no momento em que entrava na igreja que frequentava.

Com a Casa Branca a poucas quadras do Museu do Holocausto, o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que informou ao presidente Barack Obama do tiroteio, e que o chefe do Executivo estava "obviamente entristecido com o que ocorreu".

Na semana passada, Obama visitou o lugar onde, durante a Segunda Guerra Mundial, ficava o campo de concentração de Buchenwald, na Alemanha. Na ocasião, ele disse "que existem pessoas que insistem que o Holocausto nunca existiu", e completou que o local "é uma lembrança de nosso dever em confrontar aqueles que dizem mentiras sobre nossa história".
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