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Quarta-feira, 07 de agosto de 2024

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Diretor da CIA diz que vice de Bush "quase " deseja novo atentado

O diretor da CIA (agência de inteligência americana), Leon Panetta, disse à revista "The New Yorker" que o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Dick Cheney parece querer outro atentado terrorista para mostrar que está certo ao criticar o atual governo.


"É quase como se estivesse desejando que o país seja atacado de novo para reforçar seus argumentos. Acho que essa é uma política perigosa", afirmou Panetta na entrevista publicada no site da revista.

O vice do ex-presidente George W. Bush (2001-2009) disse em várias ocasiões que acredita que seu país está menos seguro desde a chegada ao poder de Barack Obama e criticou o presidente por pedir o fechamento da prisão de Guantánamo

Em maio, a CIA recusou um pedido de Cheney para divulgar memorandos secretos do governo Bush (2001-2009) que detalham se informações importantes de segurança foram conseguidas a partir do uso de técnicas de interrogatório que são consideradas formas de tortura pelo governo Obama.

O ex-vice-presidente alega que os documentos mostram que os métodos de investigação, proibidos pelo governo Obama, impediram atentados terroristas e salvaram vidas. Entre as técnicas está o "waterboarding", forma de afogamento simulado executada com o prisioneiro amarrado a uma prancha.

Questionado neste domingo sobre as declarações do diretor da CIA, o vice-presidente Joe Biden disse no programa "Meet the Press" da rede de TV NBC que não iria questionar o motivo por trás das críticas de Cheney.

"Eu acho que o pensamento de Dick Cheney sobre como proteger a América é deficiente", disse Biden. "Eu acho que o nosso pensamento está correto."

Para Cheney, que assumiu a linha de frente da defesa do governo Bush, Obama só conta parte da história, escondendo os sucessos obtidos com o uso das EITs.

Cheney tem sido uma das principais vozes de um partido enfraquecido pela derrota eleitoral no ano passado, pela crise financeira que marcou o último ano do governo Bush e pelas polêmicas envolvendo a "guerra ao terror". No dia 21 de maio, ele fez um discurso logo depois que o presidente discursara sobre segurança nacional, para rebater as ideias defendidas por Obama.
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