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Quinta-feira, 08 de agosto de 2024

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Quarteto para o Oriente Médio pede que Israel congele assentamentos

O Quarteto para o Oriente Médio --formado por Estados Unidos, União Europeia (UE), Rússia e ONU (Organização das Nações Unidas)-- pediu nesta sexta-feira a Israel que congele todos os assentamentos judaicos em território palestino e que coloque um fim ao bloqueio à faixa de Gaza.


"Pedimos a Israel que ponha um fim à construção de colônias, inclusive aqueles que crescem naturalmente, e a levantar todas as barreiras e a abrir as fronteiras", afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em entrevista coletiva concedida em Trieste, na Itália.

Os ministros de Relações Exteriores do G8 (grupo dos sete países mais ricos do mundo e a Rússia), reunidos na cidade italiana, também pediram o congelamento dos assentamentos para favorecer o processo de paz no Oriente Médio.

Israel tem rejeitado a pressão para congelar todas as colônias, alegando que elas precisam acomodar o "crescimento natural" da população que vive nos enclaves israelenses.

Durante reuniões realizadas nesta semana na Itália e na França, e o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, ficou isolado ao rechaçar o total abandono da colonização, como exige o governo americano.

EUA

O enviado especial dos EUA, George Mitchell, disse nesta sexta-feira que Washington espera o início em breve de "significativas e produtivas" negociações de paz entre palestinos e israelenses.

"Acreditamos que estamos fazendo progresso nesses esforços e esperamos muito a conclusão dessa fase de discussões para nos movermos em direção a negociações significativas e produtivas em um futuro próximo", afirmou, após a reunião do Quarteto para o Oriente Médio.

Assentamentos

Os territórios palestinos foram dominados por Israel na guerra de 1967. Desde então, foram construídos 121 assentamentos na Cisjordânia --que abrigam cerca de 300 mil israelenses. Outros 180 mil vivem nos arredores da Jerusalém Oriental, que tem predominância árabe.

O Tribunal Internacional declarou a ilegalidade de todos os assentamentos.

Os palestinos, que querem um Estado próprio na Cisjordânia e na faixa de Gaza, veem os assentamentos como uma ocupação de território que visa a negá-los um Estado viável.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, tem se recusado a declarar o congelamento dos assentamentos, que causaria tensões dentro da coalizão de direita que governa o país.
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