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Quinta-feira, 08 de agosto de 2024

Notícias | Mundo

Apoiado por Merkel, Obama esnoba críticas de Ahmadinejad

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, esnobou nesta sexta-feira as duras críticas do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que o comparou com o antecessor republicano George W. Bush e pediu um pedido de desculpas públicos. Ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel, em entrevista coletiva na Casa Branca, Obama afirmou que não levou a sério o pedido por desculpas.


"Eu não levo a sério o pedido Ahmadinejad por desculpas, particularmente porque os EUA não interferiram no processo eleitoral do Irã. Também não estou preocupado em receber desculpas dele. Eu sugeriria que ele pensasse direito nas obrigações que deve a seu povo", disse.

"Ele deveria considerar as famílias daqueles que foram mortos ou presos. Acho que Ahmadinejad precisa responder as perguntas de seu próprio povo", completou o presidente, ao lado de Merkel, que também criticou a violência das forças de segurança para conter os protestos da oposição no Irã.

"O método com o qual lidam com os manifestantes não é aceitável no século 21. O Irã não pode pensar que a comunidade internacional fechará os olhos", disse Merkel, ressaltando que a prioridade da comunidade internacional é garantir a não proliferação das armas nucleares no regime teocrático.

"Queremos uma solução diplomática para que o Irã desista de construir armas nucleares", disse a chanceler.

Obama foi além na ameaça nuclear iraniana, afirmando que a posse de armas deste tipo pelo Irã poderia iniciar uma corrida por armas no Oriente Médio --"uma ameaça não apenas para os Estados Unidos, mas para a região toda, incluindo o próprio Irã."

Guantánamo

Obama e Merkel falaram ainda das discussões sobre quantos prisioneiros de Guantánamo a Alemanha deverá receber, nos esforços para o fechamento da controversa prisão para suspeitos de terrorismo em Cuba.

O americano afirmou aos repórteres presentes que a discussão ainda não havia chegado aos detalhes sobre números e sobre quem exatamente iria para solo alemão, mas afirmou que os EUA trabalham no pedido europeu de um sistema legal de identificação dos prisioneiros, e da ameaça que podem representar.

Merkel afirmou que seu país não se esquivará das responsabilidades e que está confiante em uma "resolução satisfatória".

Obama afirmou ainda que a prisão "se tornou um símbolo, internacionalmente, dos Estados Unidos se esquivando de seus valores fundamentais na busca legítima de nossa segurança nacional e de nossa preocupação com o terrorismo internacional."

Elogio

O presidente aproveitou ainda a pergunta de um repórter para elogiar Merkel, uma chanceler "inteligente e prática" e em quem Obama diz acreditar.

"Isto é crucial em um parceiro internacional", disse o democrata, que agradeceu a boa recepção que teve em suas visitas ao país. "Eu sempre tive um espaço no meu coração para a Alemanha, em parte pela reação que recebi do povo alemão".

Merkel foi mais contida nos elogios e falou apenas que ficou feliz com as visitas de Obama ao país.
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