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Quinta-feira, 08 de agosto de 2024

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Líder da oposição no Irã diz que irá pedir permissão para protestos

O líder da oposição iraniana e candidato derrotado Mir Hossein Mousavi pôs fim a sua participação em protestos pelas ruas de Teerã contra o resultado oficial da eleição presidencial do último dia 12 de junho. Ele afirmou que agora irá pedir permissão ao governo para realizar as manifestações.


Nesta sexta-feira, Mousavi, que afirmou estar ficando cada vez mais isolado, perdeu seu principal elo com o mundo depois de sua página na internet saiu do ar.

Ali Reza Beheshti, uma das assessoras do líder opositor, afirmou que o site foi invadido por hackers desconhecidos, e que todos os textos e imagens foram apagados.

Antes da invasão do site, Mousavi havia publicado uma mensagem em que dizia que irá pedir permissão para realizar novos protestos, mesmo que restrições injustas tenham sido impostas à oposição.

Segundo ele, o Ministério do Interior solicitou que ele faça o pedido pessoalmente, e sempre uma semana antes da data planejada para a manifestação.

Mousavi reclamou de ser tratado injustamente, já que o presidente reeleito, Mahmoud Ahmadinejad, foi autorizado a fazer duas marchas e um comício em Teerã no período pós-eleitoral. Os eventos "tiveram muita publicidade na televisão estatal, com o objetivo de encorajar a participação" da população, afirmou.

O líder da oposição disse também que as autoridades do país estão tentado isolá-lo e desacreditá-lo como forma de pressão para que ele desista de questionar o resultado da eleição, que deu a vitória por uma margem surpreendente a Ahmadinejad.

Vigilância e prisões

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, ordenou que Mousavi seja mantido sob forte segurança. A ação tem o objetivo oficial de protegê-lo, mas também pode ser destinada a restringir seus movimentos. Pessoas mais próximas ao opositor também estão sendo vigiadas.

A emissora de TV estatal do país informou nesta sexta-feira que o chefe do comitê de informação de Mousavi, Abolfazl Fateh, foi proibido de deixar o Irã com destino ao Reino Unido, onde supostamente iria para estudar.

Ao menos 11 funcionários da campanha de Mousavi e 25 funcionários de seu jornal foram detidos desde que começaram os protestos que pedem o cancelamento da eleição e a realização de um novo pleito.

Na última quarta-feira (24), 70 professores universitários foram presos imediatamente após se reunirem com o líder da oposição. Todos foram libertados, menos quatro, que continuam em custódia.

O governo iraniano afirmou que 17 pessoas foram mortas durante os protestos.
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