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Segunda-feira, 17 de junho de 2024

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Palestinos exigem que Israel congele assentamentos para negociar

Líderes palestinos descartaram nesta segunda-feira, de forma categórica, a possibilidade de manter qualquer conversação de paz com Israel antes da paralisação completa e duradoura dos assentamentos judaicos.


As declarações do presidente Mahmoud Abbas e de um de seus principais aliados no partido Fatah podem ter como objetivo intensificar a pressão sobre o presidente norte-americano, Barack Obama, que pressiona pelo início das negociações. Ele enfrenta, no entanto, a oposição israelense a uma interrupção total da expansão dos assentamentos na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental.

No que pareceu ser um reconhecimento dos Estados Unidos sobre a dificuldade em persuadir a coalizão de direita do premiê Binyamin Netanyahu a congelar os assentamentos, uma autoridade norte-americana disse na semana passada que Washington não insistiria no congelamento total, caso os palestinos aceitassem assim.

Abbas e Nabil Shaath, ex-ministro das Relações Exteriores e membro do Comitê Central do Fatah, deixaram claro nesta segunda-feira que não aceitariam.

Questionado se poderia se encontrar com Netanyahu na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) por volta de 23 de setembro, Abbas disse à emissora Al Jazeera: "Se não houver congelamento da atividade nos assentamentos e se não houver uma posição clara de Israel sobre essa questão, uma coisa desse tipo não ocorrerá."

Shaath disse à mídia estrangeira em Ramallah que, se Obama pedisse ao Fatah para iniciar as negociações após um congelamento nos assentamos apenas parcial e temporário, "eu diria, sr. Obama, nós te amamos (...) mas lamento que isso não seja o suficiente para nos trazer ao processo de paz."

Ele afirmou que os palestinos cumpriram com suas obrigações previstas no "mapa do caminho", plano de paz de 2003 apoiado pelos EUA, incluindo a redução da violência pelos palestinos, mas que Israel não cumpriu as suas, expandindo a colonização do território na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, tomada na guerra do Oriente Médio de 1967.

"O congelamento total dos assentamentos e o comprometimento com um Estado palestino independente nos trará de volta à mesa de negociações imediatamente", afirmou Shaath.

Ele descartou a possibilidade de aceitar exceções ao congelamento, incluindo para obras em Jerusalém Oriental ou para a expansão dos assentamentos existentes para enfrentar o "crescimento natural" das famílias ali.
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