O ministro do Petróleo da Venezuela, Rafael Ramírez, ressaltou hoje em Viena que o preço atual da commodity, de aproximadamente US$ 45 por barril, "não deixa ninguém feliz" na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
"Ninguém está feliz com o preço atual na Opep, onde o desejo é de um mínimo de US$ 70", disse Ramírez após chegar a Viena para participar, no domingo, da 152ª conferência ministerial do cartel.
"O preço de US$ 40 é um preço nominal, em termos reais equivale a US$ 28", acrescentou o ministro, que destacou que é necessária uma cotação maior para garantir "a construção de capacidade de produção".
Segundo Ramírez, dentro da Opep se fala de "um piso de US$ 70" para o barril de petróleo.
Além disso, expressou sua preocupação com o alto volume das reservas armazenadas da commodity nas nações consumidoras, devido a um excesso da oferta que cifrou entre 1,5 e 1,6 milhão de barris diários (mbd).
"Temos de drenar esse excesso", assinalou Ramírez, que não quis comentar sobre a possibilidade de um novo corte de produção dos países da Opep para atingir esse objetivo.