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Domingo, 28 de julho de 2024

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Karzai se oferece para ficar até as eleições afegãs

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, aceitou, ontem, a decisão da comissão eleitoral de realizar as eleições presidenciais em 20 de agosto, três meses após o término oficial de seu mandato, e sugeriu que poderia permanecer no poder até a realização das eleições.


De acordo com a constituição afegã, o último dia de Karzai como presidente deveria ser em 21 de maio e uma eleição presidencial "deve ser realizada dentro de 30 a 60 dias antes do fim do mandato". Mas a comissão eleitoral disse que o pleito deve ocorrer em agosto, três meses depois, por questões de segurança - da neve da primavera que cobre o topo das montanhas do Afeganistão - e pela falta de dinheiro para a distribuição das cédulas eleitorais.

O presidente disse que tem consultado algumas autoridades legais sobre uma possível extensão de seu mandato em razão das definições sobre a eleição e que iria anunciar em breve os resultados dessas conversas. Os líderes da oposição, porém, já afirmaram que não concordarão com uma extensão do mandato.

Karzai disse que o país precisa atingir um "consenso nacional" sobre a questão. Segundo ele, o cumprimento da lei e a legitimidade do Estado são os fatores mais importantes. "Já prometi que quero ser um presidente legitimado pela lei. Se é ilegal a minha permanência no cargo depois de 21 de maio, não quero ficar", afirmou.

Karzai revelou que foi abordado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pelos Estados Unidos sobre a extensão de seu mandato por 12 meses - visto a economia que seria gerada com a realização das eleições presidencial e legislativa no mesmo ano. Mas Karzai rejeitou a ideia, dizendo que não poderia ficar no cargo mais do que cinco anos. As eleições legislativas estão marcadas para 2010.

No início do ano, a Câmara Baixa (dos Deputados) do Parlamento, que está repleta de políticos que desejam o posto de Karzai, passou uma resolução dizendo que a casa não o reconheceria como presidente depois de 21 de maio, o que deu início a potencial crise constitucional. Alguns legisladores têm até sugerido que o presidente da Câmara Alta (Senado) deveria se tornar o presidente interino, mas Karzai afirmou hoje que a constituição não faz qualquer menção sobre isso. As informações são da Associated Press. (AE-AP)



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