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Domingo, 28 de julho de 2024

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Abbas poderá renomear premiê caso negociações entre radicais fracassem

O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, afirmou neste sábado que poderá renomear o primeiro-ministro Salam Fayyad, caso as negociações entre os movimentos palestinos do Hamas e do Fatah fracassem.


Fayyad afirma que renúncia ajudará na formação de uma unidade no governo palestino, entre os grupos rivais do Fatah e Hamas Na carta de renúncia entregue neste sábado, Fayyad disse que a sua saída serviria para impulsionar a formação de um governo de unidade entre os dois grupos. Nesta semana, representantes de cada um dos partidos irão se reunir no Egito.

Estão previstas uma série de discussões em comitês para fechar um acordo sobre governo, segurança, eleições, reconciliação e reforma da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

As divergências entre membros do Fatah, que controlam atualmente a Cisjordânia, e o Hamas, que mantém a faixa de Gaza, são um dos principais causadores da instabilidade na região. Com a saída do premiê, a expectativa é que o controle territorial termine e a discussão em torno da criação do Estado palestino seja retomada.

Hamas

Neste sábado, o Hamas aplaudiu o anúncio de renúncia por considerá-lo o "fim esperado" de um governo ilegal desde sua nomeação, em junho de 2007. "É o fim esperado para este governo, porque foi estabelecido ilegalmente, de acordo com interesses pessoais e destruiu os interesses do povo palestino", disse Fawzi Barhum, porta-voz do Hamas em Gaza.

Na mesma linha, Taher al Nunu, porta-voz do Executivo islâmico em Gaza, disse que o governo de Fayyad era "obstáculo para a reconciliação que potencializou a divisão interna palestina".

Fayyad foi designado primeiro-ministro pelo presidente palestino e líder do Fatah, Mahmoud Abbas, em junho de 2007, quando dissolveu o breve governo de união nacional, porque os homens do Hamas expulsaram de Gaza as forças de segurança leais à ANP.

A nomeação, no entanto, nunca foi submetida a voto no Parlamento --controlado pelo Hamas desde sua vitória nas eleições legislativas de janeiro de 2006--, como exige a Lei Básica palestina, por isso, tecnicamente, Fayyad foi durante mais de um ano e meio chefe de governo provisório. O movimento islâmico também acha que a renúncia diz respeito a "diferenças e disputas de poder entre Abbas e Fayyad".

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