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Sábado, 27 de julho de 2024

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Solução de dois estados no Oriente Médio é 'inevitável', diz Hillary em Israel

A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, disse nesta terça-feira (3) em Jerusalém que a solução do conflito do Oriente Médio passa, de modo "inevitável", pela existência de dois estados, um palestino e outro israelense. A declaração foi feita na primeira visita oficial da principal diplomata americana à região.


"Nós acreditamos que ir na direção de uma solução de dois estados é do maior interesse de Israel", disse em entrevista ao lado de sua colega israelense, Tzipi Livni. "É nossa avaliação que, no fim, a inevitabilidade de trabalhar no sentido de uma solução de dois estados é inescapável."

Ela pediu ainda um cessar-fogo duradouro na Faixa de Gaza como um primeiro passo para a paz na região.

Nesta terça, novos bombardeios israelenses ao território palestino deixaram quatro feridos, segundo testemunhas e fontes médicas.

Hillary também disse que os EUA devem enviar dois funcionários graduados à Síria para negociações. "Exite uma série de questões entre a Síria e os Estados Unidos, assim como a preocupação regional mais ampla que a Síria obviamente levanta", disse.

Os Estados Unidos retiraram seu embaixador de Damasco em fevereiro de 2005 depois do assassinato do ex-primeiro-ministro libanês, Rafic Hariri, crime que Washington atribuiu à Síria -que negou.

Mais cedo, Hillary havia dito que os Estados Unidos apoiarão qualquer governo israelense.

"É importante que os Estados Unidos destaquem sempre seu apoio inquebrantável e duradouro ao Estado de Israel e seu compromisso indefectível com a segurança de Israel", disse.

No Egito, durante conferência de doadores , Hillary confirmou que os EUA darão US$ 900 milhões para os palestinos, sendo US$ 300 milhões em ajuda humanitária na Faixa de Gaza, destruída em uma ofensiva israelense no final de dezembro de 2008 e começo de janeiro de 2009, e US$ 600 milhões para a Autoridade Palestina.

O presidente de Israel, Shimon Peres, disse a Hillary que "o governo formado em Israel estará comprometido com o processo de paz e os acordos prévios".

Israel realizou eleições antecipadas em 10 de fevereiro e, embora o partido Kadima, de Tzipi Livni, tenha conseguido 28 cadeiras, uma a mais que o conservador Likud, a maioria parlamentar de direita levou Peres a encarregar Benjamin Netanyahu de formar o governo.

Depois da reunião com o presidente, Hillary visitou o Museu do Holocausto, e tem fixados para esta terça encontros com Livni, com o designado primeiro-ministro, Netanyahu, e com o ainda chefe de governo, Ehud Olmert.

Hillary engrossou o discurso do presidente americano Barack Obama e disse que "qualquer nação que sofra ataques tem o direito de se defender", se referindo ao foguetes lançados de Gaza contra Israel.
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