O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro britânico, Gordon Borwn, declararam nesta terça-feira à noite que estão determinados a obter na cúpula do G20 decisões "concretas" sobre a regulação financeira, especialmente no que diz respeito aos bônus bancários.
"Temos que tomar decisões concretas, precisas, em matéria de regulação financeira. Não queremos apenas declarações de princípios, e sim números, calendário, compromissos", declarou Sarkozy na saída de um jantar no Eliseu.
"Queremos que haja compromissos precisos para que os comportamentos escandalosos, que contrariaram as pessoas em todo o mundo, cessem. Isso é o que faremos. Creio que Pittsburgh (sede da cúpula do G20) será uma cúpula importante", acrescentou em resposta a uma pergunta sobre a oposição do presidente norte-americano Obama a uma limitação dos bônus bancários.
"Creio que há bastantes pontos em comum entre nós para que possamos chegar a um acordo em Pittsburgh" sobre esta questão, afirmou Brown.
"Devemos enviar ao mundo inteiro a mensagem de que cada país terá que seguir algumas regras, se não o sistema bancário voltará para onde estava antes (da crise) e isso é totalmente inaceitável", acrescentou.
O presidente norte-americano se opôs na segunda-feira à limitação dos bônus pagos pelos bancos a seus operadores na bolsa, como exigem Sarkozy, Brown e a chanceler alemã Angela Merkel.