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Quinta-feira, 03 de outubro de 2024

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Rebeldes colombianos divulgam vídeo de soldado sequestrado

Guerrilheiros colombianos divulgaram nesta quinta-feira um vídeo de um soldado sequestrado há quase 12 anos, um passo que poderá ajudar a preparar o cenário para a libertação do refém magro e de aparência assustada.


Pablo Moncayo está entre os 24 soldados e policiais mantidos pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), um exército camponês financiado pela cocaína que luta contra o governo desde os anos 1960 em nome do marxismo.

Vídeos como provas de vida são frequentemente produzidos pelos guerrilheiros antes da libertação de reféns. No vídeo, Moncayo aparece de bigode, sentado diante de uma lona verde, para esconder a sua localização na selva. Sua voz sumia e ele por vezes parecia desorientado.

Moncayo foi levado por rebeldes em um ataque ao posto de comunicações onde trabalhava como cabo em dezembro de 1997. Ele tinha 19 anos.

A senadora de oposição Piedad Córdoba foi designada pelo presidente Álvaro Uribe para ajudar a mediar a libertação dos reféns, que às vezes parece empacada em uma luta de braço entre a senadora esquerdista e o presidente conservador.

Córdoba participou de outras libertações de reféns por exigência das Farc. Ela disse que Moncayo deverá ser libertado dentro de um mês, uma vez que esteja resolvida a logística para a entrega.

PRESO COM CORRENTES

Este ano, as Farc concordaram em libertá-lo depois que o pai dele, Gustavo Moncayo, organizou uma campanha por sua libertação, prendendo-se com correntes e caminhando pelo território colombiano.

A entrega, no entanto, enfrenta dificuldades nas negociações entre os guerrilheiros e Uribe, aliado dos EUA conhecido por sua posição linha dura contra as Farc.

Quando o vídeo de Moncayo foi exibido na televisão, os pais dele disseram aos jornalistas que não reconheceram seu rosto na tela até ele começar a falar.

No vídeo, Moncayo esforça-se para enviar a Uribe uma mensagem clara. "Sr. presidente", diz Moncayo no vídeo, batendo em uma mesa de madeira diante dele com os dedos da mão direita, "Abra a porta. Quero ficar livre."

Moncayo também descreve a vida no cativeiro, afirmando que ele e seus captores com freqüência têm de fugir de bombardeios do governo.

Uribe, cujo pai morreu em uma tentativa de sequestro das Farc em 1983, é visto como herói por muitos pela ofensiva apoiada pelos EUA contra os rebeldes.

Ele concordou neste mês com a exigência dos rebeldes de libertar os 24 reféns apenas um por vez, e não todos de uma vez, em uma mudança de postura que pode acelerar as libertações.
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