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Quinta-feira, 03 de outubro de 2024

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Farc querem garantias para entrega de reféns

O comando das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) pediu ao governo do presidente Álvaro Uribe que precise as garantias e protocolos para a libertação de dois militares que o grupo rebelde mantém sequestrados e a entrega dos restos mortais de um policial que morreu em cativeiro.


"É imperativo precisar as garantias oficiais e protocolos para esta nova libertação, que devem ser claros e públicos", considerou o Secretariado da organização guerrilheira, em comunicado divulgado neste domingo na internet pela Agência de Notícias Nova Colômbia (Anncol, com sede em Estocolmo).

As Farc fizeram a exigência "perante as vicissitudes que cercaram a passada libertação de militares e policiais no [departamento colombiano de] Caquetá, em cujo desenvolvimento o Exército assassinou um guerrilheiro e outro desapareceu".

Os rebeldes se referiam a uma missão realizada em 1º de fevereiro na citada região, onde entregaram quatro militares e policiais reféns à congressista opositora Piedad Córdoba e ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Na nota, datada de 22 de setembro nas "montanhas da Colômbia", as Farc afirmaram que colocarão em liberdade, de maneira unilateral, o cabo Pablo Emilio Moncayo e o soldado Josué Daniel Calvo, ambos do Exército, e que entregarão também os restos mortais do capitão da Polícia Julián Guevara.

Moncayo está sob poder dos rebeldes desde dezembro de 1997, o que o torna um dos dois reféns com mais tempo de sequestro, enquanto Calvo, feito refém em abril, é o membro da polícia de retenção mais recente.

Guevara morreu aparentemente devido a doença tropical em 2006, oito anos depois que ser sequestrado pelas Farc, que o incluiu junto aos outros em uma lista de reféns com fins de troca por 500 insurgentes presos, entre eles vários extraditados aos Estados Unidos.

O comando rebelde ratificou que os dois reféns e os restos "serão entregues pessoalmente" à senadora Córdoba, líder do grupo de intelectuais Colombianos pela Paz.

"Com este gesto de libertação unilateral, reafirmamos nossa vontade de avançar no processo de troca que facilite a liberdade de todos os prisioneiros de guerra, tanto da guerrilha quanto do Estado", expressou o comando insurgente.

"Temos a certeza de que um acordo de troca geraria condições favoráveis para abordar a solução política do conflito que as maiorias nacionais clamam", disse o secretariado das Farc.
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