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Terça-feira, 18 de junho de 2024

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Merkel abre negociação para formar novo governo alemão sem social-democratas

O partido conservador da chanceler Angela Merkel e os seus aliados pró-negócios iniciaram nesta segunda-feira as negociações para formar uma nova coalizão de governo, a primeira de centro-direita na Alemanha em 11 anos. Merkel disse que emprego e crescimento econômico serão as principais prioridades do governo.


O partido conservador de Merkel e os Democratas Livres (FDP na sigla em alemão), que conquistaram votos suficientes na eleição da semana passada para formar uma coalizão, se comprometeram a cortar impostos e conter o papel do Estado, mas discordam em detalhes cruciais no momento em que a Alemanha emerge de sua pior recessão no pós-guerra.

A votação permite que Merkel ponha fim à "grande coalizão" com o principal partido de centro-esquerda alemão, os Sociais Democratas (SPD).

"Queremos nos concentrar no crescimento, empregos e prosperidade para nosso país", disse Merkel, que se tornou a primeira mulher chanceler na Alemanha em 2005.

"Cada novo governo é um novo começo, e queremos criar mais coragem para o futuro", disse o líder dos Democratas Livres, Guido Westerwelle, que possivelmente será vice-chanceler.

Após o final da primeira rodada das conversas, altos funcionários de cada partido disseram que o clima foi construtivo e todos os lados querem concluir as negociações assim que possível. Os partidos disseram que desejam um acordo em cerca de um mês.

Entretanto, o único passo concreto acordado foi a criação de dez grupos de trabalho para preparar o terreno para tópicos específicos, como impostos. Esses grupos iniciarão suas atividades na terça-feira.

Ambos os partidos defendem que cortes de impostos podem estimular a economia, mas Merkel tem defendido apenas pequenos alívios fiscais para a classe média, uma proposta muito aquém da reforma pretendida pelos Democratas Livres --com grandes cortes de taxas de imposto para as grandes e as pequenas rendas.

Além das políticas, os conservadores, formados pelo Democratas Cristãos CDU de Merkel e pelo partido-irmão União Social Cristã da Bavária (CSU), vão disputar com o FDP os postos ministeriais.

Os dois lados da provável nova coalizão querem deter um plano para fechar as 17 usinas nucleares da Alemanha até 2021, e estender a vida útil de algumas delas até que mais energia renovável esteja disponível.

A caminho das conversas da coalizão, Merkel disse que criar uma fundação estável para a maior economia da Europa será vital.

Os derrotados social-democratas nomearam formalmente o demissionário ministro do Meio Ambiente, Sigmar Gabriel, para ser o novo líder do partido na oposição. Gabriel ainda precisa de aprovação de uma convenção do partido em novembro.
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