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Quinta-feira, 27 de junho de 2024

Notícias | Mundo

Hamas desmente visita de médicos ao cativeiro de soldado israelense

O grupo islâmico palestino Hamas negou neste domingo a notícia publicada pelo jornal árabe "Al Hayyat" de que médicos franceses visitaram na semana passada o soldado israelense Gilad Shalit, capturado há mais de três anos por milícias palestinas em Gaza e cuja libertação está sendo negociada entre o grupo palestino e israel.


Em nota à imprensa, Mahmoud Zahar, um dos líderes do movimento islâmico na faixa de Gaza, disse que as informações sobre visita a Shalit "não são verdadeiras". 

Em declarações à imprensa israelense, Noam Shalit, pai do soldado, disse que não recebeu nenhuma informação de fontes oficiais israelenses sobre a visita de médicos ao filho.

Segundo o jornal árabe, com sede em Londres, quatro médicos franceses visitaram na semana passada Shalit, em seu cativeiro em um local secreto na faixa de Gaza.

Os franceses, de diferentes especialidades, fizeram um exame médico completo no militar e, segundo o jornal, foram acompanhados pelo mediador alemão nas negociações para uma troca de prisioneiros. Eles viajaram até a faixa de Gaza vindos do Cairo, no Egito. Eles atravessaram a passagem de Rafah.

Esta é a primeira vez que se noticia que Shalit foi visitado por observadores estrangeiros.

Segundo a fonte citada pelo jornal, a autorização da visita faz parte dos gestos de boa vontade perante uma troca de prisioneiros com Israel, um acordo que parece atrasar apesar das informações em diferentes meios de imprensa locais e internacionais há várias semanas.

As milícias que retêm Shalit exigem a libertação de mil presos palestinos.

"Al-Hayat" afirma ainda que aviões-espiões não pilotados israelenses sobrevoaram Gaza durante a visita dos quatro médicos a Shalit. O Hamas, explica o jornal, recebeu garantias do mediador alemão que não haveria ataques israelenses durante a visita e que as forças de Israel não tentariam uma operação de resgate.

Segundo o jornal, Shalit está em um local altamente vigiado e com diversas armadilhas para que não haja chances de fuga ou resgate.

As negociações para uma troca prosseguem com a mediação da Alemanha e Egito, e, segundo as últimas informações, as duas partes discordam sobre a identidade dos últimos 50 presos a serem libertados.

Sequestro

Shalit foi sequestrado por comandos do Hamas, dos Comitês de Resistência Popular e de um desconhecido Exército Islâmico em 25 de junho de 2006, durante uma operação do Exército israelense na faixa de Gaza, segundo a versão palestina, e em sua base em território israelense perto do limite de Gaza, segundo a versão israelense.
Quando capturado, Shalit era cabo e tinha 19 anos. Ele foi promovido a sargento durante seu sequestro e estaria em alguma parte da faixa de Gaza, dominada pelo Hamas desde 2007, quando o secular Fatah, do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, foi expulso do território à força.

Desde então, Shalit se transformou em tema central das negociações entre palestinos e israelenses, embora todas as tentativas feitas com mediação egípcia para conseguir sua libertação tenham fracassado. Em troca, os palestinos exigem a soltura de centenas de presos palestinos.

Com a mediação de Egito e Alemanha, o acordo avançou e há semanas a imprensa israelense noticia que a soltura está próxima. O Hamas chegou a divulgar recentemente o primeiro vídeo de Shalit no cativeiro. No passado, diálogos tinham rendido apenas o envio de algumas cartas e um áudio. Israel mantêm mais de 10 mil palestinos prisioneiros.
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