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Quinta-feira, 27 de junho de 2024

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Obama vai ao Senado para convencer democratas moderados sobre reforma da saúde

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, visitará nesta segunda-feira o Senado para defender seu projeto de reforma na saúde e mediar as disputas entre os democratas moderados e liberais.


Segundo a Casa Branca, Obama deve participar em reunião a portas fechadas com a bancada democrata do Senado a partir das 17h (no horário de Brasília). O objetivo seria, segundo a Casa Branca, encorajar os democratas para que resolvam suas disputas e submetam à votação a reforma de saúde nos próximos dias.

O Senado iniciou no sábado uma inusitada sessão de final de semana para continuar o debate sobre a maior reforma de saúde na história recente dos Estados Unidos.

Tal como aconteceu nos últimos dias, os democratas e republicanos trocaram ataques sobre o alcance e conteúdo da iniciativa de reforma.

O senador republicano, John McCain, criticou os cortes de US$ 400 bilhões aprovados para o programa Medicare --voltado para idosos e aposentados-- e acusou os democratas de ceder às pressões dos grupos que representam as seguradoras. Os democratas derrotaram ainda uma emenda republicana para eliminar um corte de US$ 42 bilhões do programa Medicare, para agências que prestam serviço médico fora de casa.

Em jogo está um projeto de lei que, entre outros elementos, pretende estender a cobertura médica para cerca de 31 milhões de americanos que carecem de seguro de saúde, reduzir os custos de saúde e diminuir o déficit federal.

Mas quando Obama chegar ao Senado encontrará grandes divisões inclusive entre seus correligionários, que mantêm diferenças sobre assuntos como a inclusão de uma "opção pública" e o financiamento do aborto.

Por enquanto, o líder da maioria democrata do Senado, Harry Reid, não tem os 60 votos necessários para impedir táticas dilatórias da minoria republicana, que também se opõe ao projeto de lei de reforma. Para os observadores, a intervenção direta de Obama no debate poderia ajudar a avançar na aprovação da reforma.

Casa dos Representantes

O plano de reforma da Saúde já foi aprovado pela Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados), no começo de novembro. O projeto de lei será aplicado em dez anos (2010-2019) e terá um custo de US$ 1,1 trilhão para estender a cobertura médica aos americanos que não têm nenhum tipo de cobertura. Os cidadãos seriam obrigados assim a pagar as mensalidades para seguradoras privadas ou a um plano público, com a ajuda de subsídios, sob pena de multas.

O plano proíbe também as seguradoras privadas se negarem a estender uma nova apólice a pessoas que sofrem de alguma doença, algo que fazem atualmente e que é um desastre para muitos americanos que contraem uma doença grave quando estão sem seguro.

Os EUA são o único país desenvolvido que não tem um sistema amplo de saúde, que cubra todos os seus cidadãos. As estimativas do governo americano indicam que cerca de 36 milhões de pessoas nos EUA não tem nenhum tipo de cobertura de saúde.
Os críticos questionam se o plano de saúde subsidiado não acabará com a competição no mercado, levando as empresas privadas à falência. As empresas privadas temem ainda que terão que adotar um plano geral de saúde, em vez de coberturas específicas para cada paciente.

Para os legisladores, outro temor é o efeito colateral da proposta de Obama de aumentar os impostos para os mais ricos --eleitores influentes-- para bancar a reforma. Outra proposta para reduzir o impacto da reforma no orçamento é cortar a verba para os programas federais de saúde já existentes, como o Medicare, para idosos e deficientes. A oposição duvida que seja possível cortar valor significativo da verba do programa sem afetar os serviços.
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