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Quinta-feira, 04 de julho de 2024

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UE recebe palestino e insiste em retomada do diálogo de paz

O ministro sueco de Relações Exteriores da Suécia, Carl Bildt, cujo país ocupa a presidência rotativa da União Europeia (UE), afirmou nesta sexta-feira que os israelenses e os palestinos precisam retomar as negociações de paz com base nos "elementos-chave" do conflito, para conseguir resultados concretos. "Achamos que é hora de haver negociações diretas e sérias entre as duas partes", disse.


Depois da reunião dos ministros de Exteriores do bloco com o primeiro-ministro da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Salam Fayyad, o sueco afirmou que palestinos e israelenses devem se reunir para analisar o bloqueio do processo de paz e a ajuda europeia ao governo.

Fayyad reafirmou o ponto de vista palestino, que avalia que o reatamento dos diálogos requer compromisso de Israel de que o processo "levará a algum lugar". "Queremos garantias que o reatamento formal do processo levará ao final que buscamos: o fim da ocupação e a constituição de um Estado palestino independente", disse.

As negociações estão suspensas desde o ano passado, enquanto os palestinos seguem denunciando a construção de assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, onde prosseguem as expropriações de terrenos árabes.

Fayyad lembrou os atos de violência cometidos por colonos israelenses contra a população palestina nos territórios ocupados e citou expressamente os atos de vandalismo na mesquita de Kfar Yasuf, na região de Nablus, na Cisjordânia. A Presidência da UE manifestou repulsa pelo incidente e avaliou a reação de Israel, que condenou o "ato criminoso".

Fayyad destacou a importância do documento aprovado terça-feira (8) pelos ministros da UE, no qual se destaca que o bloco não aceitará mudanças fronteiriças não estipuladas pelas duas partes e que Jerusalém deve ser a futura capital de dois Estados. Foi uma "declaração forte e clara a favor do processo de paz", disse o primeiro-ministro.

Bildt disse que a posição assumida pelos ministros de Exteriores da UE não incluía elementos novos na política europeia, mas reconheceu que "nunca antes tínhamos dito isso de forma tão clara e extensa".

O texto, criticado por Israel, pela ANP e pelo grupo radical islâmico Hamas, ressaltou que o status de Jerusalém é fundamental para conseguir uma paz duradoura e deve ser estipulado por meio de negociações entre israelenses e palestinos. Também reconhece a "profunda preocupação" pela situação de Jerusalém Oriental, e garante que a UE, entidade que "nunca reconheceu" a anexação dessa parte da cidade por parte de Israel.

A comissária europeia Benita Ferrero-Waldner anunciou que a Comissão Europeia (CE) fornecerá 158,5 milhões de euros (mais de R4 400 milhões) em ajuda a territórios palestinos no início de 2010, destacando que o número aumentará durante o resto do ano. A CE deu 495 milhões de euros (mais de R$ 1 bilhão) em ajudas em 2009, o que faz do bloco europeu o principal doador internacional aos territórios.
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