Investigadores franceses não deverão conseguir estabelecer a causa exata do acidente com o voo da Air France AF 447 do Rio de Janeiro para Paris em um relatório nesta semana, mas devem recomendar maneiras para ajudar a localizar com mais facilidade caixas pretas, disseram fontes próximas ao caso.
A autoridade francesa de investigação de acidentes, BEA, deve divulgar na quinta-feira seu relatório final sobre o acidente com o avião da Air France em que 228 pessoas morreram. O avião caiu no mar em 1o de junho depois de ter enfrentado uma tempestade.
A caixa preta não foi encontrada e apenas pequenas partes da aeronave Airbus A330 foram recuperadas.
"Eu não espero muitas informações novas concretas sobre a causa do acidente", disse uma fonte próxima à investigação.
Uma segunda fonte concordou, afirmando que o relatório terá pouco a somar a um relatório preliminar inconclusivo divulgado em julho.
Segundo elas, as conclusões do novo relatório estão sendo finalizadas. A BEA recusou-se a comentar.
As especulações se concentram no possível congelamento dos sensores de velocidade do avião, que aparentemente forneciam dados inconsistentes e podem ter prejudicado outros sistemas.
Autoridades de segurança determinaram que fossem feitos exames nos sensores, e restringiram o uso do tipo instalado no avião, produzido pela francesa.
Mas os investigadores não devem atribuir a culpa a nenhuma questão, disse uma fonte próxima à investigação. Em vez disso, a BEA deve fazer ao menos três recomendações sobre segurança aérea em geral, disse essa fonte. Entre elas, estaria a ampliação de 30 para 90 dias da vida útil das balizas ligadas aos gravadores de voo.