Uma das mulheres que em abril assegurou ter tido um filho do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, retirou hoje a denúncia contra o líder, mas anunciou que reativará a ação quando o governante deixar o poder, em 2013.

Trata-se de Benigna Leguizamón, que exigiu judicialmente que o chefe de Estado fosse submetido a um exame de DNA para definir se é o pai do segundo de seus quatro filhos, Lucas Fernando, de seis anos.

A imprensa paraguaia, que cita fontes judiciais de Ciudad del Este, onde a denúncia está sendo tramitada, detalharam que Benigna se apresentou aos tribunais para desistir do processo, mas o advogado de Lugo, Marcos Harina, disse à Agência Efe que não tinha certeza disso.

Benigna disse a uma emissora de rádio de Assunção que desistiu "por motivos de saúde. Me sinto doente, já não tenho praticamente as forças que necessitava para começar isto e tomei a melhor decisão".

Acrescentou que "no Paraguai não há justiça" e que nenhuma organização privada ou oficial de defesa da infância ou da mulher se ocupou de seu caso, mas assegurou que quando Lugo deixar o poder, em 2013, voltará a reativar o processo judicial, porque "não fica perdoado de seu pecado".

A mulher, de 27 anos, comentou que conheceu Lugo quando tinha 17 anos de idade e que pediu ajuda a ele em Choré, São Pedro, região central do país, onde na época o presidente era bispo.

Harina reiterou que o governante "em nenhum momento" se negou a submeter-se ao exame de DNA exigido pela mulher e que esse trâmite não tinha se concretizado, porque o caso se encontra em mãos de um tribunal de apelações.