O FBI ajudou a polícia de Santa Maria, na Califórnia, a investigar supostos ataques terroristas que poderiam ser lançados contra a corte local local durante as audiências que levaram à prisão de Michael Jackson, em 2003. A solicitação ao FBI foi revelada em um conjunto de documentos divulgados nesta terça-feira (22) a pedido de veículos de imprensa.

Na ocasião, Jackson estava sendo acusado de abusar sexualmente de um menor. De acordo com o FBI, a polícia temia que o julgamento fosse um "alvo leve" para o terror por conta da "cobertura mundial da mídia". O FBI concluiu que não havia ameaça, mas de fato detectou a presença de um membro do "Novo Partido dos Panteras Negras" durante a primeira aparição de Jackson na corte. No julgamento, o cantor foi inocentado de todas as acusações.

De acordo com os arquivos liberados nesta terça, o FBI auxiliou autoridades dos Estados Unidos e Grã-Bretanha em investigações promovidas em diversas ocasiões entre os anos de 1993 e 2005.

O escritório jurídico do FBI em Londres prestou auxílio a autoridades em uma investigação sobre assédio sexual de criança em 1993, e em 1995 policiais dos EUA solicitaram ao FBI que analisasse uma fita em VHS como parte de uma investigação sobre pornografia infantil.

Os documentos também detalham uma investigação em Los Angeles sobre ameaças de extorsão contra Jackson e outras pessoas em 1992. O alvo da investigação declarou-se culpado em foi sentenciado à prisão em 1993.