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Sábado, 27 de julho de 2024

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Bispo que negou o Holocausto deixa a Argentina sob ameaça

"O importante é que ele se foi, não queremos dizer para onde", comentou Christian Bouchacourt, superior para a América do Sul da Fraternidade São Pio 10, que reúne os seguidores de Marcel Lefebvre e tem sede na Suíça. Segundo a rede de televisão argentina TN, Williamson foi visto no aeroporto internacional de Ezeiza, em Buenos Aires, para pegar um voo rumo a Londres.


Um jornalista do canal denunciou ter sido agredido por duas pessoas que estavam com Williamson no aeroporto, quando tentou se aproximar do bispo para pedir uma declaração.

Na quinta, o governo deu um prazo de até dez dias para o bispo deixar o país, sob ameaça de expulsão, por suas polêmicas declarações questionando o Holocausto judeu durante o nazismo. 

Após conhecer a resolução do governo, Bouchacourt explicou que o novo destino de Williamson seria decidido por Bernard Fellay, superior geral da Fraternidade São Pio 10, que já tinha determinado que o bispo abandonasse Argentina.

"Já tínhamos tomado a decisão para que ele saia em consequência de suas palavras", apontou Bouchacourt, explicando que a fraternidade não entrou em contato com o Vaticano após saber da ordem do Governo argentino.

A expulsão do bispo ultraconservador não alterará as relações entre o governo da Argentina e o Vaticano, segundo o embaixador do país sul-americano na Santa Sé, Juan Pablo Cafiero.

Em 21 de janeiro, a televisão pública sueca Svt divulgou uma entrevista gravada em novembro na Alemanha, em que Williamson negou que as câmaras de gás nazistas tenham sido usadas para exterminar os judeus. Além disso, ele afirmou que no Holocausto não morreram seis milhões de pessoas, mas entre 300 e 400 mil.



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