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Sábado, 27 de julho de 2024

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Democratas e republicanos discutem plano de estímulo econômico

O Senado dos Estados Unidos realizou hoje uma sessão extraordinária de debate sobre o plano de estímulo econômico marcada pela divisão entre democratas e republicanos, mas a expectativa é de que o pacote seja aprovado nos próximos dias.


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, iniciou seu mandato com um desejo de cooperação entre os dois partidos, mas as negociações sobre como enfrentar a crise mais profunda no país desde a Segunda Guerra Mundial demonstraram que suas ideias foram ignoradas.

O clima hoje no Senado era áspero, com os democratas lembrando aos republicanos o triste histórico econômico dos últimos oito anos, sob a Presidência de George W. Bush, e os republicanos afirmando que seus oponentes políticos estão preocupados somente em gastar sem limite.

"Onde estavam meus amigos republicanos quando o presidente Bush aumentou a dívida de US$ 5 trilhões para US$ 10 trilhões em oito anos? Gastaram o dinheiro no Iraque. Agora é hora de gastá-lo aqui", disse a senadora democrata Barbara Boxer no plenário. 

Já o senador republicano Mike Johanns afirmou que o pacote, no valor de US$ 827 bilhões, está cheio de projetos "que não têm como estimular a economia", e citou o aumento do orçamento espacial e do departamento de Segurança Nacional.

Apesar do bate-boca entre os dois partidos, os democratas estão no controle da situação, depois de na sexta-feira chegarem a um princípio de acordo quando três senadores republicanos decidiram apoiar o projeto.

Os democratas contam com 58 votos no Senado, frente aos 41 dos republicanos, e precisam de 60 cadeiras para superar um possível bloqueio do voto com táticas dilatórias por parte do partido da oposição.

O líder dos democratas na Câmara Alta, Harry Reid, marcou hoje um voto de procedimento para a segunda-feira à tarde, o que significa que se os republicanos não colocarem objeções, a votação final acontecerá na terça-feira.

Sua ratificação abriria as negociações entre o Senado e a Câmara de Representantes para harmonizar as versões do plano de estímulo aprovadas por cada órgão.

Essas conversas parecem difíceis, pois os projetos de lei diferem em aspectos importantes, como o montante total de dinheiro destinado aos estados, que se viram obrigados a demitir funcionários e cortar serviços públicos em função da crise.

Aparentemente, os escritórios dos líderes democratas já começaram a trabalhar nessa harmonização, após dar por certo que o Senado aprovará o texto sem modificá-lo.

Os líderes democratas pretendem finalizar o documento antes do dia 16 de fevereiro, data fixada por Obama como meta para a aprovação do plano.

O caminho para a aprovação se tornou menos sinuoso ontem à noite, com o princípio de acordo no Senado que eliminou cerca de US$ 110 bilhões de despesas do projeto de lei inicial.

O pacote inclui reduções de impostos temporários, incentivos econômicos para a compra de imóveis e automóveis, e um aumento dos subsídios por desemprego e para a aquisição de seguros de saúde, e das ajudas alimentícias para os pobres.

"Os democratas e os republicanos aproximaram suas posições no Senado e responderam de forma apropriada à urgência deste momento", disse Obama hoje de manhã.

Na Câmara Baixa, nenhum republicano votou a favor do projeto de lei, enquanto no Senado a maioria da oposição se queixa de que seu volume é excessivo e de que deveria se concentrar no corte de impostos, em vez de aumentar o gasto público, o que é rejeitado por Obama.

"Não podemos confiar em uma fórmula perdedora que oferece apenas cortes tributários como a resposta para todos os nossos problemas", afirmou.

O novo presidente do Comitê Nacional Republicano, Michael Steele, disse que o poder "subiu à cabeça" dos democratas.

"Tentaram forçar um projeto de lei de despesa em massa no Congresso sob a aparência de uma ajuda econômica", afirmou
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