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Sábado, 27 de julho de 2024

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Alemanha terá tropa na França pela 1ª vez após guerra

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, anunciaram ontem, em artigo publicado nos jornais Le Monde e Sueddeutsche Zeitung, a instalação de uma unidade com 600 soldados alemães em território francês, fato inédito desde o fim da ocupação nazista na 2ª Guerra. A medida visa a reforçar a parceria militar entre os dois países. No texto, os dois líderes políticos pedem multilateralismo aos Estados Unidos, defendem a reforma da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), criticam o governo da Rússia e mandam recado ao Irã.


A principal revelação do artigo é o reforço da cooperação militar bilateral - a França já tem uma base no país vizinho. “A brigada franco-alemã, que foi engajada com nossos parceiros nos Bálcãs e no Afeganistão, ficará estacionada em nossos dois países: a França vai acolher permanentemente sobre seu território uma unidade alemã dessa brigada”, comunica o texto. “Após os dramas de nossa história comum, cada um compreendeu a importância histórica desse novo passo na amizade franco-alemã.” Sarkozy e Merkel, que se reunirão no sábado na Conferência sobre a Segurança, também enfatizaram a necessidade de reformar a Otan a partir da Cúpula do 60º aniversário da aliança atlântica, prevista para 3 e 4 de abril.

“A ‘parceria estratégica’ entre Otan e União Europeia não está à altura de nossas expectativas, em razão de desacordos que persistem entre certas nações”, diz o texto. Os chefes de Estado e governo alertam que o momento mundial “causa preocupações”. Sarkozy e Merkel enumeraram as hostilidades entre Geórgia e Rússia, “o primeiro conflito militar do século na Europa”, a disputa entre Israel e o Hamas, a crise nuclear iraniana, os atentados terroristas e a instabilidade no Afeganistão e no Paquistão. Aos desafios políticos, entendem, somam-se a crise econômica e as mudanças climáticas.


O artigo traz críticas a dois governos: o russo e o iraniano. “A guerra na Geórgia, em 2008, marcou uma ruptura”, estimam. “O recurso à força militar, assim como o reconhecimento unilateral e contrário ao direito internacional da Ossétia do Sul e da Abkázia, criaram um problema de confiança com a Rússia.” Sobre o Irã, os dois líderes apelam ao reforço do regime de não-proliferação nuclear e indicam que estão dispostos tanto ao diálogo, quanto a sanções duras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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