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Sábado, 27 de julho de 2024

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Ex-vice dos EUA diz que atos de Obama fortalecem ameaça terrorista

Na primeira entrevista concedida desde que deixou o cargo, o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Dick Cheney (2001-2008) disse ver uma "alta probabilidade" de que terroristas tentem realizar um atentado nuclear ou biológico no país nos próximos anos e acusou as políticas do novo presidente, Barack Obama, de deixar o cenário mais vulnerável às ameaças. 


O ex-vice americano Dick Cheney, para quem Guantánamo é "programa de primeira classe"
"Quando há gente mais interessada em ler os direitos de um terrorista da Al Qaeda do que em proteger os EUA contra grupos totalmente comprometidos em fazer de tudo para matar americanos, sou contra", atacou o ex-vice, na entrevista ao site especializado Politico.com. "Essas pessoas [terroristas] são más. Nós não iremos vencê-las dando a cara a tapa."

Cheney afirmou, com base em relatórios da inteligência americana, que ao menos 61 presos de Guantánamo que foram libertados "voltaram a ser terroristas". Os 245 detentos que ainda estão na base são "a casca grossa", entre os quais o índice de reincidência seria muito maior.

Na entrevista, o ex-vice americano classificou Guantánamo de "programa de primeira classe"; disse que a base funciona de forma legal; e que, lá, a comida e o tratamento dado aos presos são melhores que o que eles receberiam em seus países de origem.

Cheney ainda criticou a iniciativa de Obama de determinar que a prisão de Guantánamo seja fechada no prazo máximo de um ano e que parem de ser usados, nos interrogatórios, meios polêmicos consagrados no governo de George W. Bush (2001-2009) que são considerados, por defensores dos direitos humanos, como tortura.

Para o ex-vice, eventualmente, os arquivos dos EUA serão abertos e provarão que essas técnicas --como o "waterboarding" (simulação de afogamento)-- foram bastante úteis nas investigações sobre os ataques de 11 de Setembro.

"Não fosse o que fizemos --especialmente o programa de vigilância de terroristas, as técnicas avançadas de interrogação para detentos de grande valor, a Lei Patriota, e tudo mais-- então teríamos sido atacados de novo."

"Talvez eles consigam, em alguns casos, fazer progressos diplomáticos que não obtivemos. Mas, por outro lado, acho que eles deverão descobrir, como nós também descobrimos, que muitas vezes a diplomacia não funciona. Ou que a diplomacia não funciona sem uma ameaça ou algo muito sério por trás."
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