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Terça-feira, 01 de outubro de 2024

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Investigar membros do TRE é absolutamente necessário

Foto: Reprodução

Investigar membros do TRE é absolutamente necessário

Ao decidir abrir uma investigação para apurar supostos esquemas de advocacia administrativa, exploração de prestígio e de venda de sentença no âmbito da Justiça Eleitoral de Mato Grosso, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em iniciativa da ministra Nancy Nandrighi, dá um passo importante, embora ainda tímido, no sentido de iniciar o combater à corrupção no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).



Infelizmente, Mato Grosso mais uma vez 'virou manchete' de forma negativa, apesar de termos tantos méritos em quase todos os segmentos e conquistado avanços sócio-econômicos sem precedentes nos últimos trinta anos.

Mesmo assim, é melhor que as manchetes negativas mostrem que está havendo um começo do combate à corrupção e às mazelas nos poderes do que o silêncio criminoso de todos os setores da sociedade civil organizada, sobretudo da chamada grande imprensa mato-grossense.

Com efeito, até há um certo tempo, quando se tratava do comendador João Arcanjo Ribeiro, do Tribunal de Justiça, do Ministério Público Estadual ou dos sátrapas e alcaides de plantão. a mídia preferia calar-se, optava pela mudez. Com raras exceções, essa era uma situação clara e evidente.

Hoje, manter o silêncio é deveras complicada, pra não dizer impossível, por conta da mídia independente. Todos temos limitações ainda, é bom que se diga, mas Mato Grosso e as instituições vão melhorar se cada um continuar fazendo a sua parte.

A Operação Asafe foi deflagrada pela Polícia Federal na manhã de terça-feira (18) e os envolvidos são acusados de práticas de exploração de prestígio, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha. Ao todo foram nove mandados de prisão temporária expedidos pela ministra Nancy Andrighi do STJ, que preside o inquérito judicial.

A PF também cumpriu 30 mandados de busca e apreensão em escritórios de Cuiabá, Alto Paraguai e Várzea Grande.

As investigações foram iniciadas em 2007 quando a Polícia Federal em Goiás indicou situações que envolviam possível exploração de prestígio em Mato Grosso. Participam da operação 125 policiais federais e dois médicos, acompanhados de seis membros do Ministério Público Federal e 10 representantes indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil - seccional em Mato Grosso (OAB/MT).

Um grande passo foi dado, mas é preciso muito mais do que isso. Em Brasília, assim que souberam da investigação, da oitivas e das prisões, comemoraram o fato em si, simplesmente. Seria hipocrisia falsear ou tergiversar a respeito das denúncias, fatos e boatos de esquemas de corrupção na Justiça Eleitoral de Mato Grosso.

O fato, a corrupção, existe e precisa ser contida, a qualquer custo, porque, afinal de contas, vidas, espólios, bens, guarda de menores etc estão em jogo. Portanto, a investigação é mais do que oportuna, é absolutamente necessária.

Primeira atualização às 17h05 

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