A tentativa da bancada de oposição na Câmara de Vereadores de instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a compra de maquinários pela Prefeitura de Cuiabá é considerada como “um novo factóide” pelo Palácio Alencastro. A manobra da oposição, que colocou o vereador Clovito Hugueney (PTB) às pressas em plenário, para assinar o requerimento de CPI, retirando o vereador Professor Néviton Fagundes (PTB), não foi bem diferida pela administração Mauro Mendes.
Vereadores de Cuiabá aprovam abertura de CPIs para investigar Mendes e contrato da Prefeitura com a CAB
“É evidente que Poder Legislativo tem obrigação de fiscalizar. Mas a questão em si, para tentar criar a CPI dos Maquinários, não passa de um ‘novo factóide’ criado por alguns vereadores”, argumenta o secretário municipal de Governo, Fábio Garcia, no final da tarde desta terça-feira (20/08), no Salão Ponce de Arruda do Palácio Paiaguás, após participar de cerimônia com a ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social.
“Fico impressionado que esses vereadores não respeitaram nem mesmo o aval do Ministério Público Estadual, que considerou normal a compra dos maquinários”, observa Fábio.
A CPI foi criada pela bancada de oposição que, com a volta relâmpago de Clovito, e a ‘rebeldia’ do vereador Onofre Freitas Júnior (PSB), vice-presidente da Casa, passou a ter nove parlamentares.
CPI do Saneamento
Mesmo tendo sido criada pela bancada governista, a CPI do Saneamento não agrada à administração municipal. “Independente de CPI, o que a população deseja é resultado prático: a universalização dos serviços de água e esgotamento sanitário”, afirma Fabinho Garcia.
A CPI foi criada em requerimento do vereador Renivaldo Nascimento (PDT), que recebeu 13 assinaturas, para investigar a execução do contrato da CAB com a Prefeitura de Cuiabá e, ainda, o formato de fiscalização da Agência Municipal de Água e Esgotamento Sanitário (Amaes).
“Quantas CPIs não resultaram em nada?”, questiona o secretário municipal de Governo.
Fábio Garcia disse que o prefeito Mauro Mendes respeita as prerrogativas da Câmara Municipal, em criar e instalar a CPI, mas não endossa.
