Em novo capitulo da ‘guerra sem trincheiras’ com a oposição, o prefeito Mauro Mendes (PSB) disse que considera legítimo ser investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maquinários, desde que o presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel (PSD), também seja nas propostas de CPIs que possam atingir o vereador.

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Mendes ficou sabendo de que a Câmara levaria à frente a CPI dos Maquinários durante apresentação do projeto Revitalização do Porto Cuiabá, no auditório do Hotel Paiaguás, no início da tarde desta terça-feira (27). “É importante também que as demais CPIs tenham andamento. Se propuseram cinco CPIs, tem que investigar as cinco. E com transparência. Não estão fazendo com transparência”, defendeu Mendes.

Ele fazia referência a apuração de possíveis irregularidades no projeto de lei de ocupação de solo, da venda de terrenos públicos quando o João era chefe da Secretaria de Habitação, durante a gestão Wilson Santos (PSDB) e Chico Galindo (PTB), e nas mudanças na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). No três casos o presidente da Câmara seria o principal alvo das investigações.

O prefeito de Cuiabá ainda reforçou a tese que a ação da Câmara é apuração de “caso requentado”, já que houve investigação e arquivamento do Ministério Público Estadual, o prefeito não vê necessidade de impedir o funcionamento da CPI, via ação judicial. “Trata-se de competência dos vereadores [fiscalizar e investigar], portanto, vamos respeitar, desde que sejam utilizados pesos e medidas iguais para todas as CPIs”, emenda Mauro Mendes.

Aumento no repasse

Sobre as declarações feitas na semana passado o secretário de Comunicação de Cuiabá, Kleber Lima, o qual afirmou que João Emanuel está tentando pressionar Mauro Mendes com o único objetivo de conseguir o aumento de R$ 7 milhões no repasse à Câmara de Vereadores, o prefeito asseverou que não aumentará o duodécimo em “nenhum centavo”.

“Eles não tem direito a nem um centavo a mais. Não estava previsto no orçamento. Não vamos repassar nada a mais para eles”, disparou, em entrevista a imprensa após a apresentação do Projeto Porto Cuiabá. Contudo, Mendes negou ter recebido qualquer pressão ilegal por parte do parlamentar. “Isso eu não posso falar. Não quero falar a respeito disso. Só me pauta sobre documentos. Nada além disso é levado em conta”, concluiu.