A "transformação de conciliador a brigador de rua" do ex-governador Rogério Salles (PSDB), candidato ao Senado pela coligação ‘Coragem e Atitude para Mudar’, está fazendo-o "pisotear nos aliados" de seu passado e "não ser honesto com os apoiadores do presente". A dura avaliação partiu do secretário Alan Zanatta (PMDB), apoiador da campanha do deputado federal Wellington Fagundes (PR) ao Senado da República, ao responder às acusações de Salles contra o deputado federal Carlos Bezerra, presidente do PMDB, e às maldosas insinuações quanto ao caráter de ambos.
“Não faço plástica e nem implante de cabelo”, dispara Rogério contra Wellington
Alan Zanatta cobrou coerência de Rogério Salles e exigiu que, também, apresente os seus principais apoiadores, como os ex-prefeitos Wilson Santos (PSDB) e Chico Galindo (PTB), e o senador Jaime Campos e deputado federal Júlio José de Campos (DEM), ambos ex-governadores de Mato Grosso.
“Eu não acredito que o [ex] goverandor Rogério Salles está inventando essas teses. Seu histórico é de homem ponderado. Para mim, alguém está criando-as para ele”, sugeriu Zanatta, para, em seguida, contra-atacar. “Rogério Salles tem de se lembrar que foi prefeito de Rondonópolis [1994-96] porque era vice de Carlos Bezerra; e, depois, dona Marília, sua esposa, foi vice-prefeita de Zé Carlos do Pátio, quando ele era do PMDB”, pontuou o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia de Mato Grosso.
Alan Zanatta afirmou que Bezerra deve ser respeitado, pois já foi governador de Mato Grosso, prefeito de Rondonópolis, deputado estadual (preso político da ditadura), deputado federal e senador da República, sempre eleito pelo voto direto. “Quem possui tal currículo merece respeito em qualquer circunstancia. Um homem que foi tudo, não pode ter sua história achincalhada”, emendou ele.