A visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é considerado o principal trunfo da coligação ‘Amor à Nossa Gente’ para carimbar de vez o passaporte de passagem do candidato a governador, ex-vereador Lúdio Cabral (PT), para o segundo turno, e a vitória de Wellington Fagundes (PR) para o Senado. Lula já avisou que, se depender exclusivamente da própria vontade, virá Cuiabá.
Sedento por 2º turno, Lúdio descarta Dilma e diz ter provas fartas contra Pedro Taques
Em 2012, quando disputou a Prefeitura de Cuiabá, a visita de Lula faltando poucos dias para as eleições, foi considerada essencial para assegurar a ida de Lúdio para o segundo turno, contra o atual prefeito Mauro Mendes (PSB). Dilma não vem, mas Lula tem presença particante assegurada.
Considerado principal articulador da visita de Lula, o presidente regional do PT, Willian Sampaio, não quis revelar a data, “enquanto não estiver tudo assegurado”. Todavia, confirmou que existe 80% de chance de Lula vir participar da campanha de Lúdio.
Nesta segunda-feira (22), Lúdio e Wellington receberam a visita de mais um ministro do governo Dilma Rouseff: Laudemir Müller, do Desenvolvimento Agrário. “É um reforço à campanha de ambos, que aguardam ansiosamente a vinda de Lula e da presidente Dilma”, afirmou uma fonte petista da reportagem do Olhar Direto. Müller é o quinto membro do staff da petista que visita o Estado.
Transparência
Lúdio Cabral afirma que o candidato da coligação ‘Coragem e Atitude para Muar’, senador José Pedro Taques (PDT) é expert em exigir transparência apenas nos discursos, mas não diz à população por que não tem coragem de abrir os sigilos bancário e fiscal.
Lúdio afirma que a postura de Taques é demagoga, já que ele tenta jogar suspeitas e críticas contra todos, mas não quer se submeter à fiscalização e controle social. “Essa atitude de falar uma coisa e agir de outra forma é eleitoreira, pois o homem público deve dar exemplo de transparência com ações. Se não tem coragem de abrir o sigilo bancário e fiscal, precisa dizer o motivo à população”.
Juntamente com o deputado federal Wellington Fagundes (PR), Lúdio registrou em cartório a decisão de abrir os sigilos bancário e fiscal nessa campanha como forma de dar maior transparência ao processo eleitoral. As esposas de ambos, Mariene Fagundes e Ana Regina Ribeiro, fizeram o mesmo. “Essa possibilidade de abrir os sigilos ainda está aberta ao senador e à família dele, até para que não pairem suspeitas sobre nada”, completa o candidato da coligação “Amor a Nossa Gente”, formada por PT, PMDB, PR, PC do B e Pros.
O debate sobre os sigilos dos candidatos começou depois da suspeita de envolvimento de alguns concorrentes com operações policiais. A provocação para que todos colocassem à disposição da sociedade os dados bancários e fiscal partiu ironicamente do candidato ao Senado pela coligação de Taques, ex-governador José Rogério Salles (PSDB). Nos debates, Salles tem trocado farpas incisivas com Wellington Fagundes.