Após a divulgação de vídeos em que aparece recebendo dinheiro no gabinete do ex-governador Silval Barbosa, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro declarou que sente-se vítima de uma injustiça e que a verdade irá prevalecer. Afirma ainda que "recebeu com surpresa e indignação a notícia veiculada a minha imagem, totalmente deturpada pela noticiada delação premiada do ex governador do estado de Mato Grosso". As imagens foram divulgadas no Jornal Nacional da noite de quinta-feira, 24 de agosto, e mostra deputados do Estado recebendo grandes quantias em dinheiro.
Sem conhecer detalhes sobre a delação de Silval - já homologada junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) - por meio de nota pública ele limitou-se a declarar "tenho a verdade do meu lado, 28 anos de vida pública transparente como minha principal testemunha para enfrentar esta injustiça".
Em sua delação, Silval afirmou que o dinheiro seria referente ao “mensalinho” pago a parlamentares para garantir apoio ao seu Governo.
No vídeo, aparecem além do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, os então deputados estaduais Luciane Bezerra (PSB), Alexandre César (PT), Herminio Barreto (PR) e o deputado federal Ezequiel Fonseca (PP), além do deputado José Domingos Fraga (PSD).
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Veja a íntegra da nota:
"Recebo com surpresa e indignação a notícia veiculada a minha imagem, totalmente deturpada pela noticiada delação premiada do ex governador do estado de Mato Grosso.
Por tratar-se de processo judicial com caráter sigiloso o qual ainda não tive acesso e, por recomendação dos meus advogados, não vou me estender a esta acusação.
O que tenho a plena ciência é que estamos no começo de uma grande mudança e humanização da capital de nosso Estado.
Temos vários obstáculos pela frente que com muito trabalho, dedicação e confiança iremos ultrapassar.
Não me falta coragem para seguir na construção da nossa Cuiabá dos 300 anos e na defesa da minha dignidade pessoal e da minha família.
Tenho a verdade do meu lado, 28 anos de vida pública transparente como minha principal testemunha para enfrentar esta injustiça".