Cinco presidentes e sete chapas disputarão neste domingo (22) a presidência estadual e municipais do PT em Mato Grosso para os próximos dois anos. A expectativa é que a escolha do novo presidente do diretório estadual impacte na indicação do nome que concorrerá uma cadeira no Senado Federal. Os protagonistas deste embate são o deputado Carlos Abicalil, candidato à reeleição da presidência, e a senadora Serys Slhessarenko, representada pelo candidato Zelandês Santiago. 

No PED (Processo de Eleição Direta) deste ano concorrem cinco candidatos a presidente estadual: Carlos Abicalil, corrente Construindo um Novo Mato Grosso; Lúdio Cabral, da Esquerda Socialista; professora Verinha, pela Partido para Todos e Todos; Zelandês Santiago, chapa Força do Interior; e Domingos Garcia, da Terra Trabalho e Soberania.

Atualmente existem pouco mais de 20 mil pessoas filiadas ao PT no estado. A votação será manual, e ocorrerá em todos os 141 municípios mato-grossenses, entre as das 9h e 17h. A previsão do presidente do diretório municipal de Cuiabá, Vilson Aguiar, é de que o resultado sai até as 20h.

Os petistas também escolherão os integrantes dos diretórios nacional, oito chapas disputam o Diretório Nacional: Terra, Trabalho e Soberania; Esquerda Socialista; Contraponto; Partido para Todos; Movimento: Partido para Todos; Mensagem ao Partido; Virar à Esquerda e O Partido que Muda o Brasil.

Diferente de outras legendas, no PT o filiado vota seus representantes independente da chapa. Ou seja, vota quatro vezes: um voto para a chapa de sua preferência, e depois outros três para os cargos de presidente do diretório nacional, estadual e municipal.

Assim, a vitória de um candidato à presidência, por exemplo, não implica na vitória da chapa que ele representa. Os cargos dos diretórios são ocupados proporcionalmente.
Conforme as regras do partido, será considerado eleito o presidenciável que receber 50% dos votos válidos mais um. Se não houver vitória no primeiro turno, o partido realiza novo pleito.

A composição dos diretórios é de acordo com o número de votos que a chapa receber. Por exemplo, se uma chapa recebe 30% dos votos válidos, terá 30% dos cargos do diretório.

O Diretório Nacional, por exemplo, é composto por 81 membros. Hoje no Brasil existem cerca de 1,3 milhão de petistas aptos a votar. Nas últimas eleições internas da legenda, em 2007, cerca de 326 mil petistas votaram em todo o país.