Olhar Direto

Quarta-feira, 24 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Temporão diz que Polícia Federal já apura denúncias sobre Tamiflu

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse neste sábado (18), durante entrevista no Rio, que a Polícia Federal já investiga as denúncias publicadas pela revista "Veja" indicando que funcionários da Casa Civil teriam recebido propina em um contrato de compra emergencial do medicamento Tamiflu em junho de 2009. O medicamento é usado no combate à gripe H1N1.


"Eu conversei com o ministro [Alexandre] Padilha [da Secretaria de Relações Institucionais] ainda agora e perguntei a ele se a questão do acionamento da Polícia Federal já tinha sido realizada. Ele me disse que sim, que eu ficasse tranquilo a esse ponto", afirmou Temporão.

"Da mesma maneira que a Polícia Federal já vinha se preparando para apurar a denúncia que surgiu nos outros dias essa, é mais uma e a polícia também vai cuidar, a Polícia Federal também vai cuidar desse processo", acrescentou.

Em Campinas, Padilha afirmou diversas vezes que as denúncias envolvendo a Casa Civil serão apuradas "até o fim" e que haverá punição para quem for considerado culpado. "A população brasileira vai ter a oportunidade de saber a verdade. A Polícia Federal vai até o fim nas denúncias", afirmou.

Segundo Temporão, a compra do medicamento seguiu critérios técnicos e não houve participação da Casa Civil . De acordo com Temporão, o ministro Alexandre Padilha, decidiu acionar a Polícia Federal para apurar as denúncias que, segundo ele, são graves, porém, sem fundamentos.

"Eu gostaria de dizer com muita ênfase e de maneira bastante clara: as compras desse medicamento, todo o processo de aquisição desse medicamento foi realizado diretamente entre o Ministério da Saúde e o único laboratório produtor desse medicamento no mundo, a Roche, sem nenhum tipo de intermediação. Da mesma maneira os pagamentos referentes a esse produto foram feitos diretamente pelo ministro da Saúde ao laboratrio Roche sem nenhuma participação de terceiros, sejam distribuidores e representantes. Ou seja, todo o processo de negociação foi feito entre o Ministerio da Saúde e o laboratório que é o único, repito, produtor mundial", afirmou Temporão.

A decisão de convocar a coletiva foi depois de o ministro Temporão conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta manhã e explicar a Lula todo o processo da compra do medicamento.

Em nota, o Ministério da Saúde já havia rebatido as denúncias. A nota afirma que "as compras foram realizadas diretamente entre o Ministério da Saúde e a diretoria do único laboratório produtor do medicamento, sem intermediários". "Portanto, ao contrário do que afirma reportagem da revista 'Veja', a Casa Civil não teve interferência neste processo", diz o texto. No portal também é possível acessar a nota de quatro páginas encaminhada à revista.

O texto ressalta também que o valor pago na transação foi 76,7% mais baixo que o preço de mercado do produto, e que só existia um único laboratório produtor do medicamento no mundo.

Segundo a revista 'Veja' deste final de semana, funcionários da Casa Civil teriam recebido pacotes de dinheiro, contendo R$ 200 mil, supostamente pela intermediação de um contrato de R$ 34,7 milhões para a compra emergencial do medicamento Tamiflu.

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse neste sábado (19), em Campinas, que nunca abrigou ou tomou conhecimento da ocorrência de atos ilegais na Casa Civil no período em que ocupou a pasta.

"Eu não tive acesso ainda a essa reportagem, mas eu tenho uma posição muito clara quanto a isso. Todas as denúncias têm de ser rigorosamente apuradas e investigadas. Acredito que as pessoas culpadas têm de ser drasticamente punidas", afirmou Dilma. "Eu tenho um histórico de vida pública, jamais permiti, jamais abriguei práticas ilegais nas minhas proximidades. Não faria isso também na minha campanha."

Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet