Cerca de 168 cavalos foram avaliados na região do Pantanal, em Mato Grosso do Sul. Em cinco deles foram encontrados anticorpos contra a febre no Nilo ocidental, o que pode indicar que os animais já tiveram contato com o vírus.

Esta é a primeira vez que os anticorpos são identificados no Brasil. A pesquisadora da Embrapa Pantanal que participou dos estudos, Márcia Nogueira, afirma que ainda é cedo para dizer que o vírus está presente no país e tranquiliza os produtores. “Eventualmente o vírus pode ter estado na região, mas em virtude da presença de aves migratórias, consideradas reservatórios. Isso pode ter acontecido, mas em princípio, os resultados não indicam risco nem para os animais, nem para os humanos”.

O vírus da febre do Nilo ocidental foi descoberto em 1937 na África e a última epidemia ocorreu em 2007 nos Estados Unidos, quando morreram 121 pessoas. A doença é transmitida a humanos pela picada de mosquitos e só o contato com cavalos infectados não oferece risco. De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal, os sintomas em humanos são febre, náuseas e erupções na pele. Menos de 1% das pessoas que têm a doença, apresentam sintomas graves. Os pesquisadores não descartam a possibilidade de fazer novos estudos na região do Pantanal.

O Ministério da Agricultura informou que não foi notificado sobre as pesquisas feitas pela Fiocruz e que está aguardando mais informações para tomar as medidas necessárias.