Não há condições de se fazer o rastreamento de toda a cadeia de produtos transgênicos até chegar ao consumidor final. A avaliação é do senador Blairo Maggi (PR/MT) sobre a discussão do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que inibe a divulgação de alimentos que contenham produtos geneticamente modificados. O projeto é de autoria da senadora Kátia Abreu (sem partido/TO).
De acordo com Maggi, é impossível incluir em todos os produtos a serem consumidos e/ou comercialziados a informação de que se trata de transgênico ou não. O parlamentar levanta uma questão importante sobre quem teria o direito à esta informação.
“Quem tem o direito de saber se é transgênico ou não? O comprador ou consumidor? Porque quando você pede um peito de frango ou qualquer outro pedaço de produto, não vem no seu prato um distintivo dizendo que é transgênico”, exemplifica.
Ainda na avaliação do senador, o debate tem que girar
em torno da lei vigente. Segundo ele, a legislação atual é de 20 anos atrás, quando o que estava em pauta era se havia benefícios ou malefícios no consumo destes alimentos.
Símbolo
Outro ponto do debate é a questão do símbolo exigido pelo Ministério da Agricultura para informar que o produto é transgênico. O símbolo é a letra T dentro do triângulo com fundo amarelo, como fosse uma alerta.
Blairo Maggi avalia que, caso o símbolo venha permanecer, todos os mercados estarão pintados com a identificação, pois a tendência é que os produtos sejam apenas transgênicos no futuro.
“A questão do símbolo é que vamos pintar os supermercados daqui pra frente. Todas as gôndolas de supermercado e em todas as sessões vão ter esse símbolo, pois não vamos mais ter produtos que sejam transgênicos”, destacou Maggi.