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Domingo, 21 de julho de 2024

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SANIDADE VEGETAL

Câmara da Soja quer agência reguladora de agroquímicos

A Câmara Setorial da Soja defende a criação de uma Agência Reguladora de Registro de produtos agroquímicos. A proposta, debatida nesta semana durante sua reunião ordinária, em Brasília, tem por objetivo tornar mais dinâmico o processo de registro de produtos utilizados nas lavouras para controlar doenças fitopatológicas.


O setor se queixa da lentidão por parte do governo federal em emitir os registros. Atualmente, o trâmite para análise das licenças envolve diversos órgãos, incluindo os ministérios da Saúde, da Agricultura e do Meio Ambiente.

O presidente da Câmara Setorial da Soja e presidente da Federação de Agricultura de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, defendeu a desburocratização deste processo.

"Ninguém quer tirar a prerrogativa dos ministérios de fazer está análise. Mas é preciso a ação de uma Agência Reguladora que defina um foco de atuação e dê celeridade neste processo, que é vital para o desenvolvimento e defesa agropecuária", pondera Prado.

O presidente da Famato disse ainda que os integrantes da Câmara Setorial também querem debater a consolidação de um Plano Nacional de Fitopatologia e a elaboração de uma espécie de raio X das doenças que ameaçam a produção da oleoginosa no país.

"O Brasil precisa se preparar para o combate à doenças como as nematoides e a ferrugem asiática. Não temos hoje um raio X destas doenças. Se uma lavoura é atingida por uma nematóide e uma ferrugem, o comprometimento pode chegar a 30%. É uma questão de segurança alimentar para o Brasil identificar as ameaças no campo fitopatológico", justifica.

O assunto deve ser um dos destaques durante o VI Congresso Brasileiro da Soja, que acontece entre 11 a 13 de junho no Centro de Eventos Pantanal, em Cuiabá. Segundo dados da Aprosoja, desde a safra de 2003/2004, quando o primeiro foco de ferrugem asiática foi identificado em Mato Grosso, o prejuízo estimado é de aproximadamente U$ 8 bilhões. Nacionalmente, o impacto econômico chega a U$ 19,7 bilhões desde 2001/2002.

A ferrugem asiática e as alterações causadas na soja por três tipos de nematoides (de lesões radiculares, de cisto e formadores de galhas) disputam o primeiro lugar no ranking das doenças que causam as maiores perdas à soja. Os prejuízos vão desde a perda de produtividade por causa da doença, até os gastos com controle químico para tratar o agente causador.
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