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Domingo, 21 de julho de 2024

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Primeiras impressões: Peugeot 408

Foto: Divulgação

Primeiras impressões: Peugeot 408
Após o fracasso do 307 Sedan e do 407 no mercado nacional, a Peugeot traz para o Brasil o 408, sedã médio da marca francesa fabricado na Argentina que desembarca no país na segunda quinzena de março a partir de R$ 59.500. A apresentação para os sites especializados foi nesta quarta-feira (16).


O lançamento é uma nova tentativa da fabricante para vingar no segundo maior segmento por aqui – atrás somente dos compactos – que representa 12% do total de vendas e tem na liderança o Toyota Corolla, seguido pelo Honda Civic e Chevrolet Vectra.

Para ganhar espaço no pelotão da frente, o primeiro passo da Peugeot foi mexer no tamanho. Com 4,69 m de comprimento, 1,81 m de largura, 1,51 m de altura e 2,71 m de entreeixos, a novidade é maior entre os rivais. O sedã empata com o modelo da Chevrolet na capacidade do porta-malas: 526 litros.

Outra providência foi o design, duramente criticado nos modelos antecessores. O resultado são linhas mais harmônicas na dianteira e principalmente na traseira, que tem traços mais arredondados e detalhes que dão um toque maior de requinte como a lanterna traseira dividida em três filetes de luz. O modelo é ainda o primeiro a adotar no Brasil o novo logotipo – em alto relevo – da marca francesa.

A fabricante trabalhou também em um pacote de equipamentos de série competitivo para chamar a atenção dos clientes dessa fatia de mercado. Desde a versão básica, Allure, estão inseridos controle de estabilidade (ESP) e freios ABS e airbags - o carropode ser equipado com até seis airbags. Na versão topo de linha, o 408 traz de fábrica tela de navegação de sete polegadas retrátil, faróis bi-xenon direcionais, sensores de auxílio a estacionamento dianteiro.

Apesar de todos os esforços, a transmissão automática continua sendo o “calcanhar de Aquiles” dos sedãs da Peugeot. Segundo a marca, trata-se de um novo câmbio, mas na prática a diferença é sutil. O sistema não “conversa” com o já conhecido motor 2.0 de 151 cavalos de potência e 22 kgfm de torque, principalmente em acelerações e retomadas de velocidade.

Para aliviar essa relação, a fabricante esticou ainda mais as trocas de marchas. O conta-giros chega a girar até 5.500 rpm antes da mudança de velocidade, o que compromete, além da dirigibilidade, o consumo. Durante o percurso de mais de 150 km de estradas com trechos de serra o computador de bordo registrou a média de 6.7 km/l de etanol.

Em contrapartida, os pontos fortes do sedã são os mesmos dos modelos antecessores. A suspensão é firme, sem comprometer o conforto, a carroceria inclina levemente nas curvas, mas sem dar a sensação de insegurança e o acabamento interno é sem falhas, com materiais de alta qualidade e sensíveis ao torque. Fora a enorme área envidraçada, conceito emprestado do primo Citroën, e a boa ergonomia.

Uma versão equipada com motor 1.6 turbo de 165 cv e transmissão sequencial de seis velocidades, o mesmo powertrain do crossover 3008, está prevista para o segundo semestre em uma estratégia da marca para esquentar as vendas do novo sedã.

A Honda, inclusive, para se defender da ameaça anunciou na mesma semana de lançamento do 408 uma versão mais “recheada” – Special Editon – do Civic. A Toyota também prepara um contra-ataque aos rivais com uma nova transmissão de seis velocidades, que irá estrear no Brasil já no próximo mês.
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