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Domingo, 21 de julho de 2024

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Brasil dificulta importação de veículos

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, confirmou que o Brasil colocará automóveis e componentes automotivos na lista de importações...

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, confirmou que o Brasil colocará automóveis e componentes automotivos na lista de importações não-automáticas. Na prática, isso faz com que a alfândega brasileira possa reter e analisar a entrada desses produtos por até 60 dias antes da liberação, o que pode atrasar a entrada de carros importados. A medida foi uma contrapartida às barreiras semelhantes criadas pela Argentina aos automóveis importados, inclusive os brasileiros.


Esta decisão brasileira afeta todos os veículos e componentes automotivos importados, já que, de acordo com as regras da OMC (Organização Mundial do Comércio), um país não pode tomar uma medida especificamente contra outro. Por isso, a decisão do Brasil, mesmo que tomada em função da Argentina, valerá para todos os países que importarem carros para o mercado nacional.

Isso pode atrasar a chegada de automóveis às concessionárias. Segundo o consultor da ADK Automotive Paulo Garbossa, “o Brasil tomou uma posição. Agora é esperar o que a Argentina vai fazer”, diz Garbossa. Outro consultor, que pediu para não ser identificado, diz que os veículos argentinos vão sofrer mais para entrar no Brasil, mesmo que a medida atinja todos os países.

E parece que a pressão do Brasil continua. O ministro Pimentel confirmou que enviou uma carta à ministra da Indústria da Argentina, Débora Giorgi, pedindo o fim das retenções de mercadorias brasileiras nas alfândegas argentinas. Além disso, Pimentel também disse que um representante do Ministério será enviado à Argentina na próxima semana, na tentativa de obter um compromisso concreto do país vizinho para solucionar o impasse.

Há alguns meses, a Argentina vem criando dificuldades para o desembaraço de mercadorias brasileiras que chegam em suas alfândegas. A Receita Federal evitou comentar o assunto e informou que a decisão está no âmbito da Secretaria do Comércio Exterior (Secex) do MDIC, que ainda avalia se uma nota de esclarecimento será divulgada.
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