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Domingo, 21 de julho de 2024

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Novo Honda Civic segue caminho do atual

Foto: Divulgação

Novo Honda Civic segue caminho do atual
Para quem olha de frente, não será muito fácil perceber a diferença entre o atual e o novo Civic. A Honda decidiu fazer apenas uma evolução do carro, talvez para compensar um pouco a distância estética que separou a oitava da sétima geração. Nem mesmo mecanicamente a marca japonesa foi além, pelo menos não nos modelos convencionais. Após dirigir o carro por quase 200 quilômetros, debaixo de um sol de rachar no centro do México, de Guadalajara até o povoado de Santa Maria del Oro, fiquei com a sensação não só de que as diferenças são pequenas, mas também que a grande preocupação da Honda continua sendo sua velha rival, a Toyota.


O novo Civic mantém as qualidades que fizeram desse carro um sucesso ao longo de quase 40 anos – nasceu em 1972. É benfeito, econômico, ágil, seguro e relativamente rápido. Agora existem até luxos e “brinquedos” que as pessoas adoram, como um som de 360 Watts completamente compatível com iPod. O que ele não tem é firmeza, solidez e sensação de poder que possuem outros sedãs, como o Focus 3 ou o Jetta. O Civic, porém, é mais ágil, divertido e bem construído que o Corolla. E isso parece ser suficiente para a Honda.

As dimensões do novo Civic mudaram como todo o carro: muito pouco. Mantiveram-se a largura, a altura e o comprimento aumentou 1,6 cm, mas a distância entre-eixos diminuiu 3 cm. A Honda diz que isso foi feito com a intenção de aumentar a agilidade do carro. Curiosamente, o espaço interior não foi afetado. De acordo com a marca, até aumentou, mas não foi possível fazer medições no dia em que o dirigi. O truque foi encolher o espaço do motor, já que até o porta-malas teve sua capacidade ampliada de 340 litros para 353 l – ainda assim, bem inferior à dos rivais.

O carro é, de fato, espaçoso. Tanto na frente quanto atrás, duas pessoas viajarão muito à vontade. O motorista continua recebendo informação de um painel de dois andares. Embaixo fica o grande conta-giros. Em cima estão o velocímetro digital e os medidores de gasolina e temperatura, além de duas linhas que simulam as faixas de uma estrada e indicam, pela cor azul ou verde, a maior ou menor economia de combustível.

A versão mais cara EX-L traz equipamentos como teto solar, câmbio automático, bancos de couro e sistema de som com Bluetooth. A visibilidade melhorou com o emagrecimento das colunas dianteiras e o aumento da área envidraçada no pequeno triângulo formado por uma estrutura vertical colocada nas portas dianteiras. A marca diz que o campo de visão é 34% maior. Não tenho motivos para duvidar desse número.

Fiel a seu costume, a Honda quase não mudou o motor do Civic. Continua tendo quatro cilindros, 1.8 litro, 16 válvulas e 140 cv (aqui será flex, com 138/140 cv). É uma máquina que já conhecemos, e sabemos que temos de forçá-la para obter as melhores respostas. Isso porque a potencia máxima só chega a 6.500 rpm – antes chegava a 6.300 rpm. O torque também só surge totalmente a 4.300 rpm, apesar de a Honda, na apresentação do carro, ter garantido que agora estava disponível numa faixa de giros menor. Nas fichas, nova e velha, aparece o mesmo número: 17,7 kgfm a 4.300 rpm.

Também não houve mudanças na transmissão. Estão disponíveis as mesmas caixas de cinco marchas, tanto manual quanto automática. Só pude dirigir a automática, que funciona bem, mas não seria mal se tivesse uma sexta marcha – o que também é válido para o câmbio manual.

O resultado geral não muda nada. Ou, em favor da Honda, podemos dizer que a diferença é quase imperceptível. O Civic continua sendo um carro agradável de dirigir, com a diferença de que está muito mais orientado à economia do que ao prazer do motorista.

Procurando satisfazer um consumidor que está mais atento do que nunca ao cuidado com o meio ambiente, principalmente nos Estados Unidos (o maior mercado para o Civic), a Honda criou o sistema Econ. Apertando um botão na parte esquerda do painel, obviamente pintado de verde, acionamos um mecanismo que altera o funcionamento de alguns sistemas, como as válvulas e até o ar-condicionado, buscando diminuir o consumo de combustível. Mas só um posterior teste completo poderá confirmar sua eficiência.
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