A Fundação Procon-SP anunciou nesta terça-feira (21) que notificou a Harley-Davidson do Brasil a prestar esclarecimentos sobre o motivo pelo qual demorou a iniciar campanhas de recall de diversos modelos de moto comercializados no Brasil.

O recall múltiplo foi anunciado na última segunda (20), envolvendo, ao todo, 2.239 motocicletas fabricadas entre 1999 e 2008. Alguns modelos já haviam sido alvo de chamados nos Estados Unidos em 2004, 2005, 2007 e 2008. Os motivos variam conforme os modelos. A empresa diz que são quatro campanhas no Brasil, divididas por famílias de motocicletas, mas há oito diferentes riscos apontados no recall.

Além da Harley, no mesmo dia foi anunciado um recall da Buell Distribution Company LLC, que também faz parte do grupo.

'Pendências liquidadas'
Em entrevista ao G1, na última segunda, o gerente de pós-venda da marca, Rocco Belforte, disse que, com os chamados divulgados naquele dia, a marca "liquida qualquer pendência" em relação a recalls de seus veículos no país.

Belforte informou que a decisão de lançar tantos chamados ao mesmo tempo se deu em virtude de a Harley-Davidson ter aumentado sua presença comercial no Brasil, com oito concessionários em atividade no momento.

A Harley assumiu suas operações no país em fevereiro deste ano. Até então, quem elas eram feitas pelo HDSP/Grupo Izzo. O fim da parceria entre as empresas foi marcado por disputa judicial.

Segundo a Harley, o número de motos convocadas na última segunda representa menos de 10% das unidades que a marca já vendeu no Brasil desde 2000. A empresa diz que já vendeu mais de 30 mil motos no país desde então.