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Domingo, 21 de julho de 2024

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Nissan anuncia plano para vender 7 milhões de veículos no mundo

O presidente-executivo da Nissan Motor, o brasileiro Carlos Ghosn, apresentou nesta segunda-feira (27) os planos da montadora para aumentar a participação no mercado global e a margem de lucro para 8%, em seis anos. No ano passado, a Nissan conseguiu atingir 5,8% de participação no mercado global. A margem operacional ficou em 6,1%.


Cumprir a meta de participação de mercado sginifica vender mais de 7 milhões de veículos. O executivo prometeu um lançamento a cada seis semanas, em média, para atrair os clientes de seus rivais.

Ghosn acredita que as vendas totais de veículos chegariam a mais de 90 milhões no mundo todo no ano comercial que termina em março de 2017. Assim, o novo plano de negócios para médio prazo, chamado de Nissan Power 88, tem como foco os principais mercados emergentes — Brasil, Rússia, Índia e China —, assim como os do Sudeste Asiático, que fazem parte da nova leva de países em desenvolvimento.

"Esta é a primeira vez que a Nissan começa um plano ofensivo em vez de reconstruir alguma coisa, ou defender alguma coisa", disse Ghosn em entrevista coletiva na sede da Nissan, em Yokohama, no Japão. "É por isso que nos sentimos muito bem sobre isso."

Ghosn virou referência no mundo automobilístico ao levar, por meio de quatro planos de crescimento desde 1999, a Nissan ao lucro e a ser uma das montadoras mais rentáveis do mundo. A empresa japonesa quase faliu antes de firmar parceria com o grupo francês Renault.

Com a reestruturação e o investimento em carros elétricos e compactos de baixo custo, baseados na plataforma V (como é o caso do March), Ghosn afirma que a próxima fase de crescimento da companhia deve apresentar um salto em vendas e rentabilidade.

Fábrica no Brasil
Ghosn disse que, como parte do novo plano, será construída uma nova fábrica no Brasil, com capacidade para produzir 200 mil veículos por ano. A intenção já havia sido anunciada pelo presidente da Nissan do Brasil, Christian Meunier. A unidade será responsável pela produção dos modelos que recebem a plataforma compacta V. Assim o March, que, por enquanto, será importado do México, passará a ser produzido localmente. O modelo também é feito na Tailândia, Índia e China. O local da nova fábrica deverá ser anunciado até o final do ano.

"Se eles podem realmente produzir 200 mil carros por ano no Brasil, isso seria uma boa notícia", disse o estrategista sênior da SMBC Friend Securities, Toshihiko Matsuno. "Ao produzir no exterior, eles podem reduzir os custos de aquisição e transporte, e isso é uma maneira de conseguir uma margem de lucro maior."

Aceleração
O CEO da companhia quer que a aliança Renault-Nissan se junte a Toyota Motor, General Motors e Volkswagen no topo do ranking de vendas globais. Além de seus vínculos operacionais com os rivais Daimler e Mitsubishi Motors, o grupo Renault Nissan negocia, atualmente, assumir conjuntamente uma participação majoritária da fabricante russa AvtoVAZ. O movimento colocaria o grupo na terceira colocação no ranking global de volume de vendas.

A Nissan disse ainda que vai expandir a marca premium Infiniti, com o objetivo de elevar a participação da marca em 10% no mercado global de carros de luxo até 2017. A marca deverá ter mais três modelos, incluindo um elétrico, e dobrar o número de mercados em que vende para 71, em 2016.

Sobre os carros elétricos, a Nissan espera acumular a venda de 1,5 milhão de unidades. A
Nissan conta com os carros elétricos para ajudar na expansão da Infiniti, que há muito perde para as rivais Toyota e Honda.

Entre outras metas, a Nissan reiterou o seu objetivo de conquistar um décimo do mercado chinês, o maior do mundo. A montadora número 2 do Japão anunciará um plano específico para a China de médio prazo no próximo mês, de acordo com Ghosn.
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