A montadora sueca Saab, afetada por dívidas que a obrigaram a suspender a produção em junho passado, recorreu à lei de falências na última quarta-feira (7), mas teve o pedido negado pelo governo um dia depois.
Para a corte da Suécia, não havia garantias de que o plano de reestruturação da empresa iria funcionar e de que a planejada parceria com as chinesas Pang Da e Youngman, que injetariam dinheiro na companhia, seria possível, uma vez que depende de autorização do governo da China.
A Saab anunciou nesta quinta-feira (8) que discorda da interpretação da Justiça e vai recorrer da decisão na próxima segunda (12). "Concluímos que um processo de reestruturação voluntária nos dará o tempo necessário para pagar os salários, obter financiamento a médio prazo e preparar a retomada da produção", afirmou na última quarta Victor Muller, presidente da Swedish Automobile (Swan), antiga Spark, que comprou a Saab da General Motors em 2010, quando a montadora já enfrentava dificuldades financeiras.
A reestruturação voluntária proposta pela Saab seria executada por um administrador independente designado por um tribunal, em colaboração estreita com a direção da montadora.
Além de ter paralisado a produção, a Saab desistiu de participar do Salão de Frankfurt, evento mais importante do ano para o setor, que começa na próxima terça-feira (13).