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Domingo, 21 de julho de 2024

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IPI

Kia Motors cancela aumento preços após Justiça adiar alta do IPI

Um dia após o Supremo Tribunal Federal (STF) de adiar, em caráter liminar, o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados, a Kia Motors anunciou...

Um dia após o Supremo Tribunal Federal (STF) de adiar, em caráter liminar, o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados, a Kia Motors anunciou que voltará a praticar os preços de antes do aumento do imposto. A elevação de 30 pontos percentuais no IPI estava valendo desde 16 de setembro, quando a medida do governo foi publicada no Diário Oficial da União. Mas, na última quinta-feira (20), os ministros do STF consideraram que ela não poderia valer antes de 90 dias da publicação.


Líder em vendas entre as marcas que não têm fábrica no Brasil, a Kia havia anunciado na última sexta (14), um aumento médio de 8,41% nos preços de sua linha para este mês. O compacto Picanto, cuja nova edição foi lançada em agosto, com motor flex, ficaria 12,46% mais caro, na média. A versão de entrada subiria de R$ 34.900 para R$ 39.900, ficando mais longe de concorrentes como o Volkswagen Gol e o Renault Sandero, fabricados no Brasil. O Soul, veículo importado mais emplacado em setembro, teve reajuste de 7,59%.

Consumidor será ressarcido, diz marca
A marca-sul coreana diz que voltará a praticar os preços de antes da alta do IPI, cancelando o aumento anteriormente divulgado. A Kia informou que faturou, somente entre os dias 17 e 20 deste mês, 1.993 veículos com o novo IPI. Desse total, 42 unidades foram vendidas ao consumidor final. “A esses clientes, as concessionárias Kia vão ressarcir a diferença de preços entre a tabela vigente até o dia 13 de outubro e a nova divulgada no dia 14 de outubro", afirma a importadora. "Os compradores deverão procurar as concessionárias, mas – antes – vamos aguardar a publicação da suspensão do decreto”, diz José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors. A montadora aguarda a disponibilização do acórdão pelo STF para ter mais informações de como fazer o ressarcimento.

Gandini diz que, como no mercado brasileiro, a tabela de veículos automotores tem preços sugeridos, “não há como impedir que algumas concessionárias tenham praticado preços acima". Nesses casos, segundo o executivo, a negociação com o cliente é de responsabilidade da loja.

Outras importadoras
A Kia foi a primeira marca a se pronunciar após a decisão do STF. Até a última quarta (19), um dia antes de o Supremo suspender o aumento, o G1 procurou integrantes da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) para saber que medidas haviam sido tomadas em relação à alta do IPI. A medida atingia em cheio essas marcas, pois era voltada a carros vindos de fora de Argentina, Uruguai e México. As montadoras instaladas no país também vendem veículos importados, mas a maioria deles vem desses países isentos.

De 13 marcas da Abeiva consultadas, 3 haviam confirmado aumento de preços em outubro: além da Kia, a Audi e a Porsche. Na primeira, houve alta de 10%, em média, neste mês. Na Porsche, carros ficaram em média 19% mais caros também em outubro.

Importadoras de Aston Martin, Effa, Jaguar, Mercedes-Benz, Smart e Suzuki, além da JAC, responderam que ainda não haviam alterado valores cobrados. A Lifan, que também faz parte da Abeiva, disse que não foi afetada pelo IPI porque os carros são fabricados no Uruguai, que está isento da alta. A BMW afirmou que analisava "a melhor forma de minimizar esse impacto para os consumidores" de sua marca e da Mini.
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