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Domingo, 21 de julho de 2024

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Chineses querem lucrar com carros da Saab a partir de 2014

As chinesas Pang Da e Youngman, que ofereceram 100 milhões de euros pela compra da endividada Saab, anunciaram nesta segunda-feira (31) que pretendem lucrar com a empresa a partir de 2014. O acordo para venda da marca sueca, divulgado na última sexta (28), ainda precisa ser aprovado pelas autoridades envolvidas, acionistas da Swedish Automobile (antiga Spyker Cars NV), dona da Saab, e também pela ex-proprietária General Motors.


Os possíveis novos donos dizem que pretendem investir US$ 3,14 bilhões na marca pelos próximos 6 anos e cortar 500 postos de trabalho, para diminuir os custos em cerca de US$ 156,7 milhões. O objetivo é vender de 35 mil a 55 mil veículos da Saab no ano que vem e, aos poucos, aumentar esse volume para 185 mil a 205 mil em 2016, cerca de 50% além do que a marca sueca chegou a vender no seu auge, em meados nos anos 2000.

"Estou aliviado pela companhia ter sido salva e triste porque está acontecendo de uma forma diferente da que eu previa", disse Victor Muller, CEO da Saab. Comprada pela Spyker em 2010, quando já corria o risco de desaparecer devido à crise da GM, a marca afundou-se na crise neste ano, parando a produção por duas vezes por não conseguir pagar fornecedores. Desde a segunda interrupção, em junho passado, a fabricação não foi retomada. A ideia de Muller era fazer uma parceria com os chineses, mas a negociação não foi aceita e ele cedeu à oferta de compra.

Novos rumos
No mês passado, a Swedish Automobile pediu proteção de lei de falências, concedida pelo tribunal sueco. A corte apontou um novo administrador, Guy Lofalk, que disse nesta segunda que a Pang Da e aYoungman têm um plano de longo prazo para a marca, incluindo a transferência de parte da produção para a China e o uso da rede de distribuidores da Pang Da no mercado chinês. Design e desenvolvimento de veículos deverão continuar a serem feitos na sede em Trollhattan, na Suécia.

Segundo Lofalk, os chineses vão promover a expansão da gama de modelos, incluindo o lançamento do 9-5 SportCombi e do 9-4X no ano que vem. As duas empresas vão lançar mão de empréstimo de 50 milhões de euros para pagar salários atrasados e completar a reorganização. Cerca de 610 milhões de euros serão investidos para a retomada da produção, quitação de dúvidas e nas operações para o biênio 2012-13, diz a Swedish Automobile. Outros 63 milhões servirão para a Saab pagar o empréstimo feito junto ao banco de investimento europeu.

Se o negócio se concretizar, a Saab será a segunda marca estrangeira adquirida por chineses, depois da compra da Volvo Cars pela Zhejiang Geely no ano passado. A marca pertencia à Ford.
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