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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Ram 2500 Laramie

Primeiras impressões: Ram 2500 Laramie

Reserve um banquinho ou um estribo ou uma escadinha, que seja, para subir na nova Ram 2500. Mesmo se tiver uma boa flexibilidade, alongue bastante as pernas. O mais recente lançamento no Brasil da divisão de picapes do grupo Chrysler...

Reserve um banquinho ou um estribo ou uma escadinha, que seja, para subir na nova Ram 2500. Mesmo se tiver uma boa flexibilidade, alongue bastante as pernas. O mais recente lançamento no Brasil da divisão de picapes do grupo Chrysler (antes era Dodge, mas agora a marca ficou limitada a carros esportivos) é grande, muito grande. Uma caminhonete que pesa 3.279 kg (em ordem de marcha) e exige, por isso, a habilitação na categoria "C". Apesar da proporção de caminhão, a Chrysler quer que o modelo concorra com as versões topo de linha das picapes médias vendidas no Brasil, por oferecer preço competitivo e estar isolada em uma categoria não muito popular no Brasil, a de picapes grandes.


Produzida no México, a picape 4X4 tem preço sugerido para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul é de R$ 149.900. Já para as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e o estado do Espírito Santo o valor é um pouco menor por causa do frete, R$ 146.899. Preço não muito distante de versões topo de linha como a da Volkswagen Amarok, Chevrolet S10, Toyota Hilux ou mesmo Nissan Frontier. A versão 2500 Laramie é a única disponível para a volta da picape ao Brasil.

A vantagem que a Ram 2500 traz diante das outras picapes são o poderoso motor e o nível do acabamento interno. Tão luxuoso que a própria Chrysler descreve como o “habitáculo de um sedã”. O motor a diesel é o potente Cummins 6.7 seis cilindros em linha com 24 válvulas de refrigeração a água, com turbocompressor e intercooler.

A turbina é de geometria variável, o que significa 95% de torque a 1.500 rpm. Com este motor, a nova Ram 2500 perde potência, passou de 350 cv para 310 cv a 3.000 rpm, mas ganha torque – o que realmente importa para este tipo de veículo — e fica com 84,6 mkgf a 1.500 rpm. Com essa relação, a Chrysler diz que o modelo faz em ciclo misto 9 km/l. A transmissão é automática de seis velocidades fornecida pela ZF.

“Este é um modelo para quem é picapeiro de verdade. É para aquela pessoa que viaja muito e já usa veículos deste segmento, como fazendeiros”, explica o supervisor de produto da Chrysler, Emílio Paganoni. Segundo ele, as vendas dos modelos devem se concentrar em cidades do Centro-Oeste, Sul e Sudeste, como Ribeirão Preto, Uberlândia e Londrina.

Perfil que inclui pessoas que gostam de viajar de trailers. A Ram 2500 tem capacidade de carga para rebocar mais de 5.500 kg, quando equipada com o kit de engate e reboque da Mopar (do grupo Chrysler) específico para este tipo de carga. Além de todos os apetrechos necessários para a brincadeira, ela possui um exclusivo sistema de freio motor integrado “Diesel-exhaust-brake”. Essa função reduz as perdas na eficiência do freio, aumentando a confiança e a segurança durante o transporte de cargas pesadas em declives acentuados. A potência de frenagem é de 225 cavalos.

Além disso, ela vem com controle eletrônico de estabilidade (ESC), freios ABS nas quatro rodas com distribuição da força de frenagem e seis airbags. Vem ainda com um monitorador da pressão dos pneus, que calcula se a calibração está adequada à carga colocada na caçamba, de capacidade para 1.628 litros.

Pé no acelerador
Como se trata de um veículo pesado, o G1 pôde testar a Ram 2500 em circuito fechado organizado pela montadora no autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Ao “montar” na caminhonete, a sensação é sim de estar em um luxuoso sedã. O acabamento é impecável e há muito espaço, para todos os seis passageiros que o veículo comporta, especialmente, os que vão no banco de trás, que tem espaço de sobra para acomodar as pernas — a 2500 está 9,2 cm maior atrás.

Totalmente renovado, há revestimento de couro por toda parte, detalhes cromados nas saídas de ar e aplique imitando madeira no centro do painel. Fora isso, ela vem com ar-condicionado automático de duas zonas, Uconnect Bluetooth, aquecimento dos bancos dianteiros e volante, memória para os ajustes elétricos dos bancos dianteiros e um sistema de entretenimento.

Com tela de cristal líquido sensível ao toque, o sistema MyGIG reproduz CD, DVD, arquivos MP3 e conta com um disco rígido para armazenar 30 GB. Da marca Alpine, o som é formado por nove alto-falantes e um subwoofer. Além disso, a nova Ram 2500 tem controle eletrônico de velocidade de cruzeiro, entradas auxiliar e USB, faróis com sensor crepuscular, sensores traseiros de estacionamento e vidro traseiro (que separa a cabine da caçamba) com acionamento elétrico.

Tirar a caminhonete do chão não é algo fácil, mas o motor consegue fazer isso muito bem e, o mais importante, a reposta à frenagem é muito boa. Para um veículo dessas proporções, as curvas são feitas de maneira segura – o sistema de estabilidade ajuda —, assim mesmo que o condutor sinta em certas situações que a caçamba puxa, a caminhonete em nenhum momento passa insegurança.

Para o motorista, visibilidade e posicionamento do assento formam um bom conjunto. Apesar do tamanho, as manobras podem ser feitas sem contorcionismo para enxergar objetos e faixas no chão, porque a noção de espaço não é perdida.

A aceleração é feita de forma linear, sem trancos nas mudanças de marcha. Para ajudar, quando o veículo está com carga é possível acionar o sistema Tow Haul, que muda o parâmetro da transmissão para evitar trocas de marchas excessivas. De acordo com a Chrysler, o mote da nova geração do modelo é redução de ruídos, vibrações e asperezas, meta alcançada e que garante o conforto de um veículo topo de linha.

No entanto, para a realidade brasileira, a picape não é versátil para andar tanto em áreas rurais quanto urbanas, como a Chrysler defende. Ao concorrer com as picapes médias vendidas no país, ela se torna um trambolho nas estreitas faixas de ruas e avenidas, no anda e para do trânsito e, sim, nas pequenas vagas de shoppings, supermercados, ruas e, especialmente, das garagens de prédios.

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