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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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novo A4

Primeiras impressões: Audi A4 Ambiente

A Audi começa a vender nesta semana o novo A4, por preços a partir de R$ 149.700. O modelo está disponível, primeiramente, na versão de entrada Ambiente que traz pequenos aperfeiçoamentos no design e motor 2.0 de 180 cavalos de potência.

Foto: Divulgação

Primeiras impressões: Audi A4 Ambiente
A Audi começa a vender nesta semana o novo A4, por preços a partir de R$ 149.700. O modelo está disponível, primeiramente, na versão de entrada Ambiente que traz pequenos aperfeiçoamentos no design e motor 2.0 de 180 cavalos de potência. A versão mais completa Ambition, com uma versão de 211 cv do mesmo propulsor, chega depois, mas a marca de luxo alemã ainda não cravou a data.


Porém, nenhuma das duas versões sofreram grandes mudanças. Trata-se ainda da oitava geração do modelo, lançada em 2007, mas com atualizações estéticas e melhorias mecânicas – as medidas continuam praticamente as mesmas. Mesmo assim, novas tecnologias foram agregadas ao sedã. E, a primeira delas, é possível perceber ao bater o olho no carro: os faróis diurnos.

Lembra-se daquela fileira de pontos de LED contornando os faróis dianteiros? Então, isso já pode ser chamado de design ultrapassado. Para trazer mais harmonia ao traçado da carroceria, a Audi desenvolveu uma luz diurna contínua. Para isso, quatro LEDs ficam dentro de um tubo de polímero (um acrílico) condutor de luz. Em formato de onda, faróis, luzes diurnas e de neblina, combinados com entradas de ar maiores e mais pronunciadas, formam a nova identidade da marca.

Para acompanhar, o capô recebeu vincos acentuados e a grade frontal tem novo formato, compondo uma peça única. A moldura é cromada. Na traseira, as lanternas também são novas e usam LEDs no lugar das lâmpadas convencionais. O para-choque foi redesenhado e possui um difusor de ar. Já o escapamento é de duas ponteiras.

A versão Ambiente vem equipada com bancos dianteiros com ajustes elétricos, piloto automático, sensor de luz e chuva, teto solar, airbag lateral dianteiro e de cabeça, ESP (controle de estabilidade) com diferencial de deslizamento limitado, faróis bi-xenônio, freio de estacionamento eletromecânico, sensor de estacionamento traseiro, rádio Symphony, Audi Music Interface e Bluetooth.

Os sistemas de conectividade foram aprimorados e estão mais simples e intuitivos de usar. Além disso, há disponível como opcional o Multi Mídia Interface, com GPS, e comando de voz ativo (o equipamento distingue diferentes sotaques).

Direção é destaque
As principais mudanças no carro são notadas mesmo ao dirigir. O G1 avaliou a versão Ambiente, que é equipada com motor 2.0 TFSI de 180 cv a 4.000 rpm e 32,6 kgfm de torque disponível entre 1.500 e 3.900 rpm. O trajeto foi feito de São Paulo a Cubatão e passou por trechos de trânsito intenso e estrada livre.

O carro acelera de 0 a 100 km/h em 8,2 segundos. O sedã atinge a velocidade máxima a 226 km/h. Marcas que ajudam, e muito, o condutor a fazer ultrapassagens e recuperar a aceleração com tranquilidade.

Mas não foi o motor o que mais surpreendeu, desta vez. Novidade mesmo foi o volante que estabeleceu um outro estilo de se dirigir o A4. Além do novo visual, mais esportivo, a “rosquinha” passou a ter assistência elétrica. A principal característica desse tipo de direção é a rapidez e a precisão nas respostas, mesmo com movimento mínimo. No entanto, o que a Audi acrescenta no sistema é o sensor de torque na barra do volante. Assim, a precisão é máxima e se o condutor solta o volante, ele volta para a linha reta sozinho. Chega a ser engraçado, no começa, acostumar-se a essa correção, mas é fácil adaptar-se.

Com empunhadura mais do que confortável, mesmo em velocidades ao redor de 100 km/h , o volante fica bem leve. Se for preciso pisar fundo em ultrapassagens, ele logo fica mais rígido para o condutor não perder o controle do carro. E é só girar o volante em uma mudança de pista que já se sente a alteração na condução.

Outro ponto positivo do novo volante é a economia de combustível que ele proporciona. O sistema não consome energia quando o carro está em linha reta. De acordo com a fabricante, a nova direção representa economia de 0,3 litro de gasolina por 100 quilômetros rodados e reduz em 7 g/km as emissões de CO2.

Baixa rotação
Fora o volante, o trabalho em baixa rotação é outra vantagem do A4 Ambiente. Tanto as curvas de potência quanto as de torque desses motores são quase planas. Isso deixa o carro muito mais dinâmico. Além disso, esta versão utiliza câmbio Multitronic, que é continuamente variável. Para entender como ele funciona, basta pisar fundo no acelerador, até o fim. O conta-giros mostra rotações estáveis enquanto a velocidade aumenta. Assim, o motorista não sente trancos.

Para quem preferir o sistema tradicional, o Multitronic permite a simulação de oito marchas que, em modo esportivo, “libera” rotações mais altas. A tração é dianteira. Diferentemente, a versão A4 Ambition utiliza câmbio S-Tronic, automático sequencial de dupla embreagem e sete marchas, e tem tração nas quatro rodas.

Durante a avaliação do G1 do A4 Ambiente, na estrada e a cerca de 100 km/h, o conta giros marcou entre 1.800 rpm e 2.000 rpm. A Audi ressalta que a pouca variação também ajuda na economia de combustível. De acordo com a montadora, o carro consome na estrada a média de 17,5 km/l.

Suspensão recalibrada
O novo A4 teve recalibragem nos braços da suspensão traseira e nos amortecedores. A maioria dos componentes da suspensão é de alumínio. O carro usa o sistema multilink na dianteira, com cinco braços, e trapezoidal na traseira, com uma estrutura suspensa em quatro pontos e as mangas de eixo na parte inferior, ligadas aos amortecedores. Com essa alteração, passar por valetas e lombadas ficou bem mais confortável. Aliás, quase nenhum impacto é transmitido para a direção.

Por outro lado, se for avaliar a ergonomia, o sedã não favorece tanto assim o motorista. Apesar de ter vários ajustes, inclusive de lombar, a posição de dirigir deixa o condutor um pouco em tensão, causando certo desconforto em longos períodos no carro.

Conclusão
O modelo 2013 do A4 ganhou em tecnologia, mas continua o mesmo, em uma conservadora estratégia da Audi para manter como cliente tanto o pai de família, quanto o jovem empresário que precisa passar “seriedade” em sua postura. Embora não seja um carro sóbrio, ele só perde para o Classe C ao se prender a discretas linhas, o que até é quebrado, de certa forma, pelo novo farol. Mesmo assim, para aqueles que querem ser vistos em um carro de R$ 150 mil, esta não deve ser a primeira opção que se passa pela mente.
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