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Domingo, 07 de julho de 2024

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Primeiras impressões: BMW F 800 GS Trophy

Primeiras impressões: BMW F 800 GS Trophy
Mesmo não sendo o modelo mais barato da BMW no Brasil, a F 800 GS é a motocicleta mais vendida da empresa no país. A moto custa a partir de R$ 42.900 e é mais cara que o modelo de entrada, a G 650 GS (R$ 29.900), além da Sertão (R$ 32.800) e da F 800 R (R$ 36.900). Desde março o modelo conta com versão especial chamada de Trophy, com valor de R$ 43.900, que abocanha 50% das vendas da F 800 GS. Esta edição especial traz, fora o pacote tradicional da GS, pintura especial branca, preta e azul, além de protetores de motor e mão de série.


Desde que passou a ser montada em Manaus, por sistema CKD (do inglês Complete Knock Down, ou, completamente desmontada, em português), em junho de 2011, a F 800 GS teve redução de 30% em seu preço, passando de R$ 59.900 para a partir de R$ 42.900, com computador de bordo e freios ABS de série. Isso resultou em aumento de 950% nas vendas, passando de cerca de 20 unidades mensais, no início do ano passado, para 190 vendas por mês em 2012, de acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Além da standard e da Trophy, ainda está disponível a F 800 GS Triple Black, que custa R$ 43.500 e tem a pintura toda negra.

Mais aventureira
Com a opção Trophy, avaliada pelo G1, a F 800 GS ressalta ainda mais as aptidões off-road da motocicleta. Os protetores de motor e mão são ideais para evitar que pedras e outros objetos se choquem com o motociclista ou a moto, como é recorrente em deslocamentos na terra. Como concorrente direta ela tem a Triumph Tiger 800 XC, que deve ser um dos modelos da marca a chegar ao Brasil em outubro, quando a empresa inglesa inicia as vendas de suas motos com operação própria no país e motos montadas em sua fábrica em Manaus.

A F 800 GS “brasileira” está desatualizada em relação ao modelo renovado no exterior, em julho. No próximo ano esta novidade deve chegar ao Brasil. Além de ter pequenas alterações no visual, a nova versão passa a contar com controle de tração e suspensão eletrônica como opcionais. Além disso, a linha GS ganhou mais uma representante. A antiga F 650 GS passa a ser denominada F 700 GS.

Concorrentes
A versão antiga da F disputa com modelos de menor cilindrada e preços mais baixos no Brasil. Todas com motores também de dois cilindros, Honda Transalp, Suzuki V-Strom e Kawasaki Versys têm propostas menos aventureiras que a BMW (veja preços na tabela nesta reportagem). A desvantagem da V-Strom é o fato do modelo estar defasado em relação à Europa, onde a nova versão da moto já é vendida desde o ano passado. Além disso, a moto não tem ABS

Já a Versys não tem grandes possibilidades na terra devido às suas rodas de liga leve de 17 polegadas e pneus para asfalto. Ainda corre por fora nesta disputa de maxtrail – motos de alta cilindrada com aptidões mistas on e off- road - a Yamaha Ténéré 660, que, em questão de conjunto (chassi e rodas), se assemelha à GS, porém, seu motor é monocilíndrico de menor potência (48 cv), apresentando comportamento menos suave com notadas vibrações; também não tem ABS.

Na cidade
As trail de alta cilindrada são motos que buscam unir desempenho, em estradas de terra e asfalto, com bastante conforto. Inspirada na R 1200 GS, moto de maior sucesso da fabricante alemã no mundo, a F 800 GS procura ser uma opção mais barata e mais em conta comparada à irmã maior. O resultado é uma moto que proporciona muito prazer ao pilotar e agilidade, sem perder a comodidade.

O G1 experimentou o modelo por cerca de 300 km em vias urbanas, autoestradas e terra. A versão Trophy mostrou um conjunto bem equilibrado, condizendo com o sucesso de vendas da F 800 GS. Apesar do grande porte – 185 kg a seco –, a moto é fácil de dosar e enfrenta com facilidade a “buraqueira” das cidades.

A altura do guidão também previne o choque com os retrovisores de carros, já que passa por cima da maioria deles, e o bom ângulo de esterço permite manobras em baixa velocidade com êxito. A única ressalva é altura elevada do assento, que vai de 850 mm a 880 mm, e pode dificultar a condução para os mais baixinhos.

Com seu motor bicilíndrico de 798 cilindradas, com injeção eletrônica e refrigeração líquida, a GS garante vigor nas acelerações de farol em farol na cidade. O propulsor vibra pouco, tem aceleração linear e forte, alcançando 85 cavalos de potência máxima. Seu funcionamento é auxiliado pelo câmbio de seis marchas, que apresenta engates macios.

Devoradora de asfalto
Saindo do ambiente urbano, a F 800 GS mostra suas verdadeiras vocações. Segundo a marca, a velocidade máxima do modelo ultrapassa os 200 km/h, o que proporciona desempenho de sobra para manter as velocidades de 100 a 120 km/h permitidas nas autoestradas brasileiras.

Devido às carenagens laterais e à bolha dianteira, a GS tem efeito aerodinâmico razoável, porém, os mais altos tendem a sentir turbulência gerada pelo para-brisas. De acordo com a BMW, a F 800 GS tem consumo de 26,3 km/l a velocidade constante de 90 km/h. Rodando a 120 km/h, o gasto de combustível sobe para 19,23 km/l. Apesar de números relativamente bons, a impressão durante o teste é de um consumo maior do que o divulgado.

Além disso, o tanque da GS está abaixo dos rivais da categoria, gerando autonomia menor. Não que seja muito pequeno, mas, devido a sua localização embaixo do assento, ele comporta 16 litros enquanto a V-Strom, por exemplo, com o compartimento de combustível no local tradicional, leva até 22 litros.

Diversão na terra
Com rodas raiadas, a F 800 GS se destaca das rivais por sua roda maior na dianteira. São 21 polegadas – encontradas também na Ténéré -, que favorecem os deslocamentos off-road; na traseira o aro é de 17 polegadas. Somada a pneus de uso misto, esta configuração garante a superação de obstáculos difíceis na terra. As suspensões são bem calibradas e ainda contam com regulagens na mola traseira.

Em conjunto com o chassi de aço de construção tubular, a moto apresenta rigidez tanto no asfalto como na terra. Ao adotar a posição “em pé”, ideal para trechos off-road, a F 800 GS proporciona adequado encaixe ao motociclista e possibilita superar as depressões com mais facilidade. Auxiliado pelo bom torque do motor (8,46 kgfm), o motociclista não precisa ficar reduzindo as marchas em demasia nos trechos mais lentos.

Os freios da GS estão bem calibrados e fazem uso de duplo disco na dianteira (300 mm) e simples na traseira (265 mm). Na terra, é indicado desabilitar o sistema de freios ABS, pois seu funcionamento não é apropriado para a terra. Basta pressionar o botão localizado no punho esquerdo. Por falar nos comandos de mão, como a maioria das motos BMW, os piscas são acionados um em cada punho, o que suscita alguma confusão até se acostumar.

Conclusão
A versão Trophy recebeu este nome em referência ao evento “GS Trophy”, realizado pelo BMW anualmente. Nesta disputa, proprietários dos modelos da linha GS, desde a G 650 GS até a R 1200 GS, participam de provas de rali. Com esta inspiração, a moto cumpre o que promete e tem a versatilidade como seu principal trunfo.

A F 800 GS pode sair direto das ruas da cidade para encarar terrenos sem pavimento e até arenosos, com a ressalva de os pneus mistos limitarem um pouco em pisos sem muita aderência. No geral, seu conjunto é superior ao de suas concorrentes, com motor mais poderoso da categoria, dono de um ronco belo que sai de seu escapamento.

O acabamento é primoroso e o prazer ao pilotar está entre os principais atrativos da F 800 GS. Além dos itens já mencionados, a moto ainda conta com aquecedor de manoplas, piscas brancos de LED e cavalete central. Mas a marca cobra caro por isso; mesmo montada em Manaus, seu preço ainda é elevado custa cerca de R$ 10 mil a mais que as concorrentes.

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